sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Lançamento de dois livros nos Combatentes

LANÇAMENTO DE DOIS LIVROS DE POESIA
Dia 29 de Outubro, quarta-feira, no Grupo Dramático e Escolar "Os Combatentes" foram lançados dois livros de poesia, um de Luís Filipe Maçarico, "Cadernos de Areia", e outro de Paula Lucas da Silva, "Gardunha: Silêncios de Granito". Esta autora é natural de Alpedrinha e é professora de filosofia no Cacém, onde reside.
A sua poesia fala-nos da magia de uma serra e de um povo que vive em casas de granito, cenário propício a uma poesia que vem de dentro, do sangue, da vivência desses caminhos onde o silêncio mora entre cerejais e castanheiros... Rosa Dias e Maria Eugénia abrilhantaram a noite com a declamação de poemas seus.

Luís Maçarico e Paula Silva Lucas


A apresentação do livro do Luís Maçarico foi feita por mim e contou com a leitura de outros livros do autor por Álvaro Faria, Flávio Gil e Nádia Nogueira. O professor de árabe Tiago Bensetil declamou 3 poemas do novo livro, naquela língua. Um dos momentos altos da noite foi mesmo o cantar de parabéns ao Luís e a animação musical com acordeão, com três jovens bastante talentosos.

Eu e o Luís Maçarico


Breves palavras sobre o Luís Maçarico


O Luís nasceu em Évora há 56 anos, mas foi em Lisboa que cresceu e sempre viveu. Segundo as suas próprias palavras, foi aqui que aprendeu a ser poeta, apoiado no parapeito da velha janela da sua casa em Alcântara, que transformou num beiral de sonhos. Diante dos seus olhos desfilaram varinas, vagabundos, mulheres dos figos, trapeiras, peixeiras, saltimbancos, robertos, homens e mulheres com a vida marcada pelo ritmo das fábricas. Foi neste cenário de Lisboa e com estas personagens típicas da cidade dos anos 50 que o imaginário do Luís cresceu.
O menino que se fez homem, tornou-se poeta e nos seus poemas passou a deixar impressa a sua marca, o seu olhar atento sobre o que o rodeava, afirmando neles as suas convicções, os seus ideais e sentimentos.
Esta sensibilidade do Luís perante o meio envolvente, perante as pessoas e as suas vidas, levou-o mais tarde a interessar-se por Antropologia, tendo-se licenciado nesta ciência, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, da Universidade Nova. Desde essa altura, documentou tradições, trajectos pessoais e recolhas orais sobre aspectos sociais e culturais e produziu alguns estudos sobre colectividades, entre os quais se destaca “Um Antropólogo no Associativismo”. Em 2005, completou o Mestrado em Antropologia (Patrimónios e Identidades) no ISCTE - Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa- com a tese de dissertação “Os processos de construção de um herói do imaginário popular - o Caso de Santa Camarão”.
No âmbito antropológico, o Luís Maçarico escreveu ainda inúmeros trabalhos de investigação para revistas, nomeadamente “O Alentejo, o Cante e os seus Poetas” (Arquivo de Beja) “A Função Antropológica da Aldraba: Da Origem Simbólica à Morte Funcional” (Arqueologia Medieval), “Aldrabas e Batentes de Montemor-o-Novo: Um Olhar Antropológico” (Almansor) e “Os Morábitos na Arquitectura Religiosa do Sul” (Callípole), «O imaginário popular e a patrimonilização em Murfacém» (Anais de Almada), entre muitos outros.

A poesia e a antropologia cruzam-se e complementam-se na vida do autor, inspirando-o, pois atrás de um texto antropológico ou de um poema, outro vem. Ao todo, o Luís Maçarico publicou catorze livros de poesia, nove textos de literatura infantil, uma biografia e um volume de contos. Vários textos, quer em prosa quer em poesia, representam a sua escrita em treze antologias. São mais de dois mil os poemas divulgados na imprensa, onde continua a colaborar, com crónicas de viagem, entrevistas e artigos de intervenção, nomeadamente no jornal “Conversas de Café”.
Trata-se pois de um autor versátil e completo. Como lhe chamou Paula Cristina Lucas da Silva na introdução de um dos seus livros, o Luís Maçarico é um poeta de pan, o que quer dizer que “significa tudo, ou o todo, o mundo, o universal), cabendo nessa acepção tudo o que o poeta canta, ou seja “o corpo, a luz, a terra, as gentes, os sonhos, os desejos, os sentidos, a aventura, o destino, a palavra, os lugares, as sensações, as memórias, os homens, a solidão, as cidades, o campo, os mistérios, as crianças, os sentimentos, a amizade, as paisagens, os medos, os mitos, a intimidade, enfim a vida”.(In: vagabundo da Luz).

Cadernos de Areia

Esta minha participação neste lançamento e no prefácio do livro surgiu como arte do destino e teve um significado especial para mim, pois quando o Luís me falou que pretendia publicar um livro com alguns poemas seus sobre a Tunísia, eu tinha acabado de chegar de uma viagem de férias a esse país do norte de África e começava a escrever algumas reflexões sobre o mesmo. Estava tudo ainda muito fresco na memória e quando partilhei esses momentos com o Luís, o convite para esta participação surgiu logo ali, deixando-me surpresa, agradada e de certo modo um pouco ansiosa, por ser grande a minha responsabilidade, a de honrar a palavra deste poeta e amigo.
As viagens e os itinerários, dentro e fora do país, os contactos que estabelece com as pessoas que vai conhecendo e descobrindo, constituem sempre para o Luís Maçarico um bom pretexto para escrever, sendo através da poesia que melhor expressa os seus sentimentos e as impressões dos lugares que percorre.


O livro que hoje aqui falamos, Cadernos de Areia é disso prova, constituindo quase que um diário de bordo, onde o Luís regista as suas sensações e nos descreve alguns sítios e lugares da Tunísia, país que visita regularmente desde os anos 90. Fala-nos com a voz do poeta, mas com o olhar do etnógrafo que há dentro de si, acompanhando o ritmo de vida dos tunisinos. Fala-nos de pescadores que tecem as suas vidas no mar; do movimento dos souks e dos comerciantes ávidos de um bom negócio; dos homens que passam as suas horas de ócio no café convivendo, dos dias que passam lentamente, sem pressas. E estas descrições são tão sensoriais que quase conseguimos ouvir o som das ruas, o eco vibrante do almuedine - cântico de chamamento para as cinco orações diárias do Islão, a ondulação do mar na Ilha de Jerba, o regateio nos souks; o cheiro intenso a jasmim, a rosa e a maresia ao entardecer, o forte aroma a especiarias nos mercados, o sabor condimentado do cuscuz e do adocicado chá de menta.
Através destes Cadernos de Areia, viajamos e acompanhamos o percurso do poeta em várias terras da Tunísia e testemunhamos o seu deslumbramento. Conhecemos paisagens e geografias diferentes, avistamos palmeiras que esvoaçam ao vento, sentimos no rosto o bafo quente trazido do deserto. Deserto esse tão solitário, tão profundo e silencioso, onde se reconhecem caminhos antes já traçados e percorridos. Prova de fogo este caminho debaixo de sol escaldante, rumo ao oásis no dorso de um camelo. E a areia fina escorre por entre os dedos, como os passos que damos e em instantes se tornam memórias do lugar. Entramos nas magníficas ruelas pintadas de branco e azul de Sidi Bou Said, caminhamos por Le Kef, Gafsa e Gabès, contemplamos o entardecer em Cartago e sonhamos com “chás de estrelas”.
Poesia de viagem, de memórias e de afectos, este livro é sem sombra de dúvida uma incursão por um país que ecoa dentro de nós.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

XIV Fórum sobre património marítimo do Mediterrâneo no Seixal – 24 e 25 de Outubro de 2008

Decorreu entre 24 e 25 de Outubro de 2008, no Ecomuseu do Seixal o XIV Fórum da Associação dos Museus Marítimos do Mediterrâneo, tendo tido como tema os "Inventários e divulgação de património marítimo e fluvial - o papel dos museus e a participação das comunidades". Inserida na programação desde fórum esteve a visita ao Palhabote Santa Eulália, do Museu Marítimo de Barcelona, o qual esteve atracado na Doca da Rocha de Conde de Óbidos na última semana. Foi uma oportunidade única para ver este belo exemplar em águas lusas, pois regressou à Catalunha no dia 25 de Outubro, ao anoitecer. Os palhabotes são embarcações com casco de madeira e com aparelho de escuna, que se utilizavam como cargueiros. Este tipo de veleiros foi adoptado em finais do séc. XIC, pelos armadores espanhóis, que procuravam um tipo de barco pequeno, rápido e de tripulação reduzida. Um pouco da história do Palhabote Santa Eulália Este palhabote de três mastros chamou-se Carmen Flores e foi construído na praia de Torrevieja (Alicante), em 1918. O armador que o mandou construir foi o comerciante Pascual Flores. A 28 de Dezembro de 1918, a embarcação recebeu a sua licença de navegação e dedicou-se então ao transporte de mercadorias, especialmente cereais, madeira, sal e minério. Em 1921, realizou a sua primeira viagem à América, levando sal e trazendo cereais. Em 1931, este palhabote foi adquirido por Jaume Oliver, armador marroquino que lhe mudou o nome para Puerto de Palma e lhe instalou o motor, transformando-o num moto veleiro. Retirou-lhe também o mastro da mezena. Em 1936 foi comprado pela companhia marroquina «Naviera Mallorquina, que o rebaptizou de Cala Sans Vincens, nome de um outro barco da companhia, que tinha naufragado em 1935. O palhabote navegou até 1975, com esse nome, quando foi comprado pela empresa Sayremar, que se dedicava a trabalhos subaquáticos e de salvamento. Teve outro nome, agora como Sayremar Uno. Em Janeiro de 1997, o barco passou para as mãos do Museu Marítimo de Barcelona e foi restaurado, tendo passado a chamar-se Santa Eulália. O processo de restauro foi oficialmente concluído com a participação do barco na regata Ruta de la Sal, em Abril de 2001. Para os que não tiveram a sorte de testemunhar a sua beleza, deixo aqui algumas fotos para admirarem este exemplo vivo de património marítimo navegante.


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago



Devo confessar que a exposição que vi sobre a vida deste homem, em Julho, no Palácio da Ajuda, me fez desbloquear o trauma, o medo, o mito, eu sei lá, que tinha em relação à escrita deste homem.
Desde Julho, já li três livros seguidos dele, dois volumes dos Cadernos de Lanzarote, onde o escritor narra em forma de diário, o seu quotidiano e a sua vida atarefada, as suas deslocações constantes em diversas partes do globo, quer seja promovendo os seus livros ou fazendo conferências. No período que abrange estes primeiros dois volumes dos Cadernos, dá para perceber, que a sua actividade literária tem de se conciliar muito bem com a sua agenda de entrevistas, depoimentos, artigos de opinião que faz, entre outros vários aspectos. Estes cadernos são óptimas leituras para quem se interesse em conhecer melhor como é o homem por trás do escritor, embora não seja intenção de José Saramago que estes livros o revelem ou exponham a sua vida privada com Pilar. São antes importantes testemunhos sobre a sua forma de pensar e a sua posição sobre o mundo.
Mas destes três livros, foi o Ensaio da Cegueira que me surpreendeu verdadeiramente. Já conhecia a história desde há alguns anos, pois já tinha visto a peça de teatro inspirada na obra, pelo grupo «O Bando», na Trindade. No entanto, ou foi a memória que me traiu e não me recordou de toda a trama, ou alguns aspectos na peça não foram tão perturbadores como este livro.
Confesso que várias vezes estive para desistir de o ler, não pela dificuldade da linguagem ou pela forma como o autor escreve os diálogos, sem pontuação, mas pela força do texto, pela experiência tão real que me fez sentir, um verdadeira viagem ao mundo das trevas, que me acompanhou no último mês. Não há dúvida que Saramago toca na ferida, naquele ponto fraco que a nossa civilização tem: a tecnologia e o bem-estar que a maioria de nós possui nas suas vidas. Não pensamos no que nos faz falta, senão quando o perdemos, e é bem verdade… Se um dia destes, tal como as personagens do livro, (com excepção da mulher do médico) todos nós começássemos a sofrer de uma cegueira colectiva, e deixássemos de poder viver como vivemos, o que aconteceria à ordem das coisas? Na verdade, sempre existiram cegos, mas sempre auxiliados por toda uma estrutura de bens e serviços desenvolvidos por gente que vê.
No livro do Saramago, a cegueira torna inalcançável todos os bens essenciais à sobrevivência da humanidade, é-se privado de água potável, electricidade, alimentos, meios de comunicação, tudo porque toda a gente cegou e não há quem possa trabalhar. Por ser “o salve-se quem puder”, o mais importante é mesmo a lei da sobrevivência, e com essa luta, vêm à superfície também a falta de escrúpulos, a imoralidade e a indignidade humana. Joga-se com qualquer moeda de troca para arranjar comida, a qual passa pela chantagem, pelo roubo, pela violação, pelo engano, pelo consentimento da desonra.
As cenas do livro sucedem-se, cada vez mais fortes e mais difíceis de digerir, mas trata-se sem dúvida de um olhar bastante realista sobre a nossa desorientação perante uma tragédia, uma calamidade como esta, que afinal, tirando o facto de ficarmos todos cegos (atendendo aqui que a cegueira é uma metáfora), pode bem um dia acontecer. Lido numa altura, em que tanto se fala da crise financeira a nível mundial, este livro que fala de cegueira, fez-me reflectir várias vezes, sobre a linha vermelha que andamos quase todos em risco de pisar. E se passarmos essa barreira, o que estará para além dela? Num mundo em que nos habituamos ao conforto e à opulência, como viveremos se tudo ruir?
Penso que o livro do Saramago é nesta perspectiva, e no meu entender, um grito de alerta para a cegueira com que vivemos, com olhos de ver, mas não de observar, sem dar verdadeira atenção às coisas verdadeiramente importantes, a empenharmos-nos até à medula, a ter tudo quanto é novo modelo e de primeira qualidade, e para quê? Tudo futilidades que alimentam o ego, mas tão pouco o ser…
Enfim, estas são apenas algumas linhas de reflexão que queria partilhar convosco, assim como dizer-vos, que ainda bem que tive coragem de ir com o livro até ao fim. Não tenho dúvidas que o Saramago fez um excelente trabalho nesta obra. Aos poucos irei lendo as outras…. Muitos mundos tenho ainda por descobrir!

Inauguração do Banco do Tempo em Almada


Foi inaugurado no dia 11 de Outubro o Banco do Tempo de Almada, na Cooperativa Mó de Vida, no Pragal.
A inauguração contou com a presença do GRAAL, instituição responsável pela introdução do Banco do Tempo em Portugal e pelas suas actuais 22 agências, e com os pré-inscritos no Banco do Tempo, onde estou incluída.
A sessão contou com alguns esclarecimentos gerais sobre a filosofia do Banco do Tempo, tendo sido passado um pequeno filme de divulgação em relação ao mesmo. Recordo que o Banco do Tempo surgiu em Portugal em 2001, tendo nascido na Itália.
A partir de agora o Banco do Tempo de Almada existe e conta com o apoio de todos aqueles que se revêem no papel de dar um pouco do seu tempo ao seu semelhante e receber em troca outro serviço ou ensinamento.
Para que fiquem melhor esclarecidos eu tentarei resumir o modo como tudo se processa.

Funcionamento do Banco do Tempo

O Banco do Tempo funciona tal como um banco, mas de uma forma simbólica. Funciona com investidores que estejam dispostos a dar uma hora do seu tempo para prestar um conjunto de serviços, recebendo em retribuição uma hora para utilizar em benefício próprio.

Troca por troca. Hora por Hora.

Exemplos de serviços:
Acompanhamento de crianças, aprender uma língua/ um instrumento de música, bricolage, ajuda doméstica, aprender a cozinhar, acompanhamento médico, acompanhamento a espectáculos, caminhadas… (um mundo infinito de hipóteses).

Objectivos do Banco do Tempo

O Banco do Tempo existe para apoiar a família e a conciliação entre a vida profissional e a vida familiar através da oferta de soluções práticas da organização da vida quotidiana.
Construir uma cultura de solidariedade e promover o sentido de comunidade, o encontro de pessoas que convivem nos mesmos espaços, a colaboração entre gerações e a construção de relações sociais mais humanas.
Valorizar o tempo e o cuidado dos outros, estimular os talentos e promover o reconhecimento das capacidades de cada um.
Promover a cooperação entre várias entidades públicas ou privadas.

Caso resida no concelho de Almada e esta ideia lhe parecer interessante, não hesite em inscrever-se.

Contactos:

Mó de Vida
Calçadinha da Horta, 19
2800-564 Pragal- Almada
Telefone: 212720641

E-mail: btmodevidagmail.com
Blogue: http://bancodotempomodevida.blogspot.com/
Os horários de atendimento do Banco do Tempo realizam-se nos seguintes dias:

3ªs feiras das 18h às 20h
Aos sábados das 16 às 20h

Para conhecer melhor o percurso e história do Banco do Tempo em Portugal, aceda ao site do GRAAL

http://www.graal.org.pt/

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

9ª Festa do Cinema Francês em pleno

Já teve início a 9ª Festa do Cinema Francês, a decorrer em diversos pontos do país, no Porto, Coimbra, Lisboa, Almada e Faro.
Neste evento podem ver-se as mais diversas longas-metragens em exclusivo e estreia absoluta. Uma boa oportunidade para ver as novidades, algumas das quais nem devem ter estreia em Portugal.

Até agora só pude ver ainda um filme, ou melhor um documentário, por sinal belíssimo. O seu nome é «Le premier Cri», que em português quer dizer o primeiro choro, e data de 2007. De uma natureza antropológica tocante, o realizador Gilles de Maistre documenta a maternidade em diferentes pontos do mundo e em diferentes culturas, assim como os seus mitos e os seus rituais. Acompanha os últimos dias de gravidez de diferentes mulheres desde a Índia, à Sibéria, ao Canadá, ao deserto sub-sahariano, aos índios da amazónia, à França, ao Japão, ao México e à China. Apresenta um pouco de todas as realidades, desde aquelas em que a maternidade é um ritual colectivo das mulheres da população, entre elas as mais velhas, as parteiras ou feiticeiras, até àquelas que vivendo no conforto da civilização ocidental, como a do Canadá, prefere ter o filho em casa, sem assistência hospitalar nem recurso de parteira, fazendo o parto, em casa, junto do marido e de alguns amigos chegados. Outras belas imagens chegam do México, onde parece começar a ser moda os partos na água, em piscinas ou na água do mar, geralmente junto de golfinhos. Uma forma de parto, pelo que percebi menos traumatizante para a criança, que vive durante nove meses numa placenta.
Estas várias histórias destas mulheres do mundo têm em comum o nascimento dos seus bebés e o facto de parirem todas no mesmo dia em que acontece um fenómeno astronómico, um eclipse solar.

Segundo palavras do próprio realizador, pode dizer-se que este documentário « é um retrato do mundo actual. Um instante emocional, sem julgamentos, nem lições de moral, que ao mesmo tempo revela uma série de questões: as desigualdades sociais e económicas, o acesso à saúde, a ecologia, as contradições entre a natureza e os excessos do progresso, as falhas e as vitórias da ciência».


Até dia 2 de Novembro aproveitem os bons filmes que a Festa nos traz.

Mais informações no site:

http://www.festadocinemafrances.com/


Aí poderão ter acesso à programação e visualizar os trailers dos filmes, uma boa forma de seleccionarem os filmes que pretendem ver.

Alpha: a história de uma amizade que sobrevive há milénios

Alpha é um filme que conta uma história que se terá passado na Europa, há cerca de 20.000 anos, no Paleolítico Superior, durante a Era do...