Porque esta semana se assinalaram os 6 anos do reconhecimento do Fado como Património Imaterial da Humanidade, deixo aqui ficar um fado de Alfredo Marceneiro, «Olhos Fatais», cantado pelo meu fadista preferido, Camané, junto aos Armazéns do Chiado, em Lisboa, apresentação que pude assistir e foi excelente, como sempre.
O anthropos é um espaço de reflexão, de pausa e de abertura para os diálogos do pensamento... para a poesia que exala das palavras, para o imaginário que nos delicia e nos transporta à infância, para a literatura, para as viagens... para o lúdico... para as causas reais pelas quais nos devemos afirmar. Convido-o desde já a participar nesta minha primeira aventura bloggista e espero que seja divertido!!
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Colóquio sobre o Cante Alentejano no Cine Teatro Academia Almadense
Decorreu no dia 26 de novembro, em Almada,
no Cine Teatro da Academia Almadense um Colóquio sobre o Cante Alentejano,
organizado pelas Cantadeiras de Essência Alentejana, e integrado nas
comemorações do 3º aniversário da patrimonialização do Cante Alentejano pela
UNESCO. Nele participaram Ana Machado, a moderadora do debate, Luís Maçarico,
Dulce Simões e Manuel Martins, do grupo "Em cantos do
Alentejo".
Enquanto moderadora do debate, incentivei
a que se pense o cante alentejano não apenas à luz do urge pensar o cante
alentejano não apenas à luz do passado, mas do presente e do futuro, criando
estruturas para que o mesmo seja potenciador de sustentabilidade, económica e
culturalmente. Uma das possibilidades, que já se verifica no Alentejo é
aproximar o cante do ensino, para poder ser transmitido aos mais novos, podendo
ser criados novos temas, mais coadunáveis com a vida do presente, e reforçar a
sua visibilidade nas redes sociais e nos meios de comunicação social.Após o
reconhecimento do cante alentejano como património imaterial da humanidade é
tempo então para proceder à recolha e análise documental e caraterização desta
expressão performativa, de encetar estudos e investigações relacionadas com o
Cante na Área Metropolitana de Lisboa, para que o mesmo possa ser registado e
documentado, enquanto se mantiver vivo nestes territórios.
Luís Maçarico refletiu sobre os novos
caminhos do cante e os perigos da sua mercantilização, podendo converter-se num
produto demasiado turístico correndo o risco de perder a sua genuinidade no
futuro.Nesse sentido, apelou à união dos grupos e à cumplicidade dos mesmos em
torno da defesa desse património, lutando com veracidade e empenho, para que o
mesmo não seja desvirtuado e se mantenha a emoção e o sentimento com que é cantado.
Dulce Simões apresentou uma comunicação
que percorreu o contexto histórico do cante alentejano, desde os finais do séc.
XIX aos dias de hoje, pós reconhecimento da UNESCO, referindo as suas origens,
as suas raízes e o modo como foi institucionalizado pelo Estado Novo, em
espetáculos de palco e concursos que enfatizaram a estética do cante. Enquanto
o cante performativo apelava ao discurso da identidade nacional, o cante que se
ouvia nos campos e nas tabernas, tinha um tom mais interventivo, tendo sido inclusive
proibido fora de horas e perseguido pela GNR.
O terceiro interveniente, Manuel Martins,
referiu a sua experiência enquanto cantador no grupo "Em Cantos do
Alentejo" e como defensor da cultura alentejana na Margem sul do Tejo,
sendo também vice-presidente da Casa do Alentejo.
Luís Maçarico declamando poesia
A poetisa Rosa Dias
III Congresso do Bombo em Amarante
Nos dias 24, 25 e 26 de novembro realizou-se em Amarante o III Congresso do Bombo, onde se discutiram aspetos ligados à cultura e tradição do bombo, nomeadamente na zona do Douro, em Amarante e no Fundão. Participaram grupos musicais do bombo, etnomusicólogos, músicos, e outros interessados na preservação e salvaguarda da prática do bombo.
Grupo Feminino de bombo, «Rosas de Santa Maria de Jazente»
Rui Júnior, organizador dos Tocá a Rufar e Salwa Castelo-Branco, etnomusicóloga
Grupo de Bombos de Lavacolhos, Fundão
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
No dia 29 de novembro realiza-se no Museu Nacional de Etnologia uma sessão dedicada a Victor Bandeira, um dos responsáveis pela recolha da vasta coleção de objetos deste museu, nomeadamente da Amazónia, e um nome incontornável na história desta instituição museológica. A conversa decorre no no âmbito da exposição «De Regresso à Luz». Participam na iniciativa Alexandra Lucas Coelho, Raquel Henriques da Silva e Rita Tomé.
Antes da sessão há uma entrada livre à exposição.
Antes da sessão há uma entrada livre à exposição.
A sessão terá lugar na Biblioteca do Museu, pelas 18h30, com a presença de Victor Bandeira.
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
Moda do Bombo em Lavacolhos - registos visuais no passado e presente
Moda do Bombo em Lavacolhos, concelho do Fundão, distrito de Castelo Branco, recolhida por Michel Giacometti, uma prática musical e perfomativa com tradição nesta região, desde o século XIX, que se mantém e se preserva. Uma prática em vias de poder a vir a ser património imaterial. Dois registos visuais da mesma tradição, no passado e no presente.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
Estar de volta...
Hoje deu-me para aqui...voltei a este blogue para o consultar...e pensei...por que não voltar? Foram tantos bons momentos aqui partilhados, reflexões e trabalhos sobre o que é isto do ser humano na sua vertente cultural, que não resisti a sentir aquele entusiasmo inicial de quando o comecei em 2007. Prometo ser mais assídua, dentro das minhas possibilidades, dando a conhecer mais do que anda a ser feito no meio antropológico e da cultura popular, mas também referir outros temas que me apaixonam, escrita, livros, poesia, fotografia, museus, cinema e teatro. Voltar a abraçar o Anthropos de corpo e alma e viver mais a vida em pleno, enquanto uma antropóloga fascinada com o que encontra pelo caminho!
Conto contigo? ;)
III Congresso do Bombo- Amarante
III Congresso do Bombo- Amarante
24, 25 e 26 de novembro 2017
É já este fim de semana que se realiza o III Congresso do Bombo, na Casa de Artes, em Amarante. Com a organização dos Tocá a Rufar, estarão reunidos neste encontro grupos de bombo, pessoas dedicadas ao seu estudo, que refletirão sobre a importância deste instrumento na cultura musical portuguesa e sobre a necessidade de o tornar património Imaterial.
Cante Alentejano: 3 anos de Património Imaterial da Humanidade
Este domingo vamos celebrar 3 anos do Património Imaterial do Cante Alentejano, e esta iniciativa será uma forma de reforçar a importância de salvaguardar este legado, tal como a candidatura à UNESCO preconizava. Vai ser em Almada, no Cineteatro da Academia Almadense e promete ser uma tarde animada, com um debate que se pretende dinâmico e possa trazer algumas questões importantes sobre o cante alentejano 3 anos depois de ser considerado património Imaterial da Humanidade.
Lá estarei na moderação do debate. Conto também com a tua presença!
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