Alpha é um filme que conta uma história que se terá passado na Europa, há cerca de 20.000 anos, no Paleolítico Superior, durante a Era do Gelo, quando os homens lutavam arduamente pela sua sobrevivência e pelas difíceis condições de vida, caçando bisontes e outros animais que lhes garantissem a subsistência.
Com paisagens de prender a respiração, o personagem principal é o jovem filho do chefe da tribo, que depois de uma queda aparatosa de um penhasco, enfrenta difíceis circunstâncias e luta pela sua vida. No meio dessa jornada, o jovem é atacado por uma alcateia de lobos e fere um deles, mas acaba por não o matar e salva-o, acabando por tratá-lo dos ferimentos que lhe infligiu. Trava-se entre estas duas espécies, o homem e o lobo, um relacionamento de companheirismo improvável, conseguido após várias tentativas de ataque, que se vai consolidando com afeto e o instinto de proteção.
Trata-se de uma história bonita e comovente, sobre uma amizade que sobreviveu durante milénios, remontando ao período da domesticação dos lobos, de quem descendem os cães, e a sua introdução nas atividades humanas da caça e do pastoreio.
Apesar de interessante enquanto história, o filme pouco tem de verídico, pois há conceitos que são mostrados bastante deturpados, apresentando-se o ser humano com padrões emocionais muito evoluídos para a época, bem ao estilo de Hollywood, revelando sentimentos e manifestações de afeto, que não coincidem com os do homem das cavernas, habituado à luta pela sobrevivência e ao sofrimento. Por outro lado, mostra-se uma tribo, em que o chefe, (o pai do rapaz que se perde do grupo de origem depois da queda do penhasco) possui uma família monogâmica, com apenas um filho, e não uma família alargada e poligâmica, como seria nessa fase, pois a monogamia só se normalizou muito tardiamente, associado ao conceito de propriedade.
Desengane-se assim que espere ver neste filme algo semelhante ao que Jean-Jacques Annaud fez, com a realização do filme, «A Guerra do Fogo», de 1981, que foi absolutamente insuperável, pelo rigor com que foi feito e interpretado e uma obra prima do cinema.
Apesar de interessante enquanto história, o filme pouco tem de verídico, pois há conceitos que são mostrados bastante deturpados, apresentando-se o ser humano com padrões emocionais muito evoluídos para a época, bem ao estilo de Hollywood, revelando sentimentos e manifestações de afeto, que não coincidem com os do homem das cavernas, habituado à luta pela sobrevivência e ao sofrimento. Por outro lado, mostra-se uma tribo, em que o chefe, (o pai do rapaz que se perde do grupo de origem depois da queda do penhasco) possui uma família monogâmica, com apenas um filho, e não uma família alargada e poligâmica, como seria nessa fase, pois a monogamia só se normalizou muito tardiamente, associado ao conceito de propriedade.
Desengane-se assim que espere ver neste filme algo semelhante ao que Jean-Jacques Annaud fez, com a realização do filme, «A Guerra do Fogo», de 1981, que foi absolutamente insuperável, pelo rigor com que foi feito e interpretado e uma obra prima do cinema.
Outro senão deste filme, que felizmente só soube depois de ver, é que segundo os defensores de animais, se terão abatido e esfolado animais durante as gravações do filme, na
província de Alberta, no Canadá. Publicamente, o estúdio teve outra
explicação. A ser verdade, penso que foi completamente brutal essa situação, sobretudo quando hoje à meios que não justificam esses fins.
Ainda assim, apesar de todos os pontos que assinalei, recomendo que vejam o filme, e se puderem experimentem a versão dos cinemas 4XD, como eu assisti, com efeitos virtuais, a três dimensões, cadeiras a abanar, borrifos de água, vento e frio, imprimindo a esta viagem glaciar, maior emoção, interatividade e os sentidos bem apurados.
Ainda assim, apesar de todos os pontos que assinalei, recomendo que vejam o filme, e se puderem experimentem a versão dos cinemas 4XD, como eu assisti, com efeitos virtuais, a três dimensões, cadeiras a abanar, borrifos de água, vento e frio, imprimindo a esta viagem glaciar, maior emoção, interatividade e os sentidos bem apurados.
A versão que eu vi, felizmente não foi em inglês, foi numa língua nativa, a imitar a linguagem da época.