Há dias e dias e há aqueles em especial, em que nos apercebemos que tudo corre mal. Há anos, meses, dias que oiço que a situação do país está má, que vivemos na recessão, na crise, nisto e mais aquilo! Mas, a verdade é que isto está mesmo a ficar claustrofóbico. Não há noticiário que não anuncie mais uma subida da gasolina, mais uma projecção errada no crescimento da economia portuguesa. As pessoas estão fartas de apertar o cinto, de não ter empregos com condições. Prolifera o império dos recibos verdes, da precariedade no trabalho, a insegurança que afecta tantos jovens, para já não falar da taxa de desemprego, sobretudo entre os jovens e os licenciados. Como ser adulto, então, neste país? Como sair da casa dos pais? Como assegurar o pagamento de uma renda de casa? Como constituir família?
Confesso que eu, que não gosto deste ambiente de desânimo à minha volta, me começo a sentir afectada. As pessoas andam indignadas, e em todo o lado o tema da conversa é quase sempre o mesmo, os tostões que não chegam até ao fim do mês, o preço dos produtos alimentares que subiu em flecha, um rol de queixas e lamúrias.
Além disto, o desânimo que se vive na Função Pública, onde o regime de vínculos e carreiras vai mudar por completo, deixando milhares de funcionários, com as pernas cortadas, com progressões na carreira congeladas e reclassificações anuladas. Fomenta-se o comodismo, a estagnação e a falta de iniciativa e progressão individual. Desencoraja-se o desenvolvimento de habilitações literárias, pois deixa de haver hipótese de aceder a carreiras. Na reunião a que hoje assisti numa câmara municipal que tem vindo a esclarecer os seus funcionários sobre a mudança em curso, ouvi o caso de um homem que foi cabuqueiro, mais tarde passou a calceteiro, mas apesar de ter já o 12ºano e até ter já no seu currículo o primeiro ano do curso de história na Faculdade de Letras de Lisboa, tudo isso não contará para nada daqui em diante. Uma vez calceteiro, sempre calceteiro!!!
Desculpem-me o meu grito de revolta, mas tudo isto me deixa desconsolada, até porque acho que a partir de agora ou nos adaptamos a todas estas mudanças ou o futuro será negro. Infelizmente, não vejo muitas luzes ao fundo do túnel, e o pior não sei para me onde virar, porque a crise está espalhada pela Europa e pelo Mundo, não há por onde fugir! Resta esperar por melhores dias… (e esta chuva, que nunca mais passa!...)
Confesso que eu, que não gosto deste ambiente de desânimo à minha volta, me começo a sentir afectada. As pessoas andam indignadas, e em todo o lado o tema da conversa é quase sempre o mesmo, os tostões que não chegam até ao fim do mês, o preço dos produtos alimentares que subiu em flecha, um rol de queixas e lamúrias.
Além disto, o desânimo que se vive na Função Pública, onde o regime de vínculos e carreiras vai mudar por completo, deixando milhares de funcionários, com as pernas cortadas, com progressões na carreira congeladas e reclassificações anuladas. Fomenta-se o comodismo, a estagnação e a falta de iniciativa e progressão individual. Desencoraja-se o desenvolvimento de habilitações literárias, pois deixa de haver hipótese de aceder a carreiras. Na reunião a que hoje assisti numa câmara municipal que tem vindo a esclarecer os seus funcionários sobre a mudança em curso, ouvi o caso de um homem que foi cabuqueiro, mais tarde passou a calceteiro, mas apesar de ter já o 12ºano e até ter já no seu currículo o primeiro ano do curso de história na Faculdade de Letras de Lisboa, tudo isso não contará para nada daqui em diante. Uma vez calceteiro, sempre calceteiro!!!
Desculpem-me o meu grito de revolta, mas tudo isto me deixa desconsolada, até porque acho que a partir de agora ou nos adaptamos a todas estas mudanças ou o futuro será negro. Infelizmente, não vejo muitas luzes ao fundo do túnel, e o pior não sei para me onde virar, porque a crise está espalhada pela Europa e pelo Mundo, não há por onde fugir! Resta esperar por melhores dias… (e esta chuva, que nunca mais passa!...)
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