domingo, 11 de fevereiro de 2018

«Noite Viva», em cena no Teatro Aberto


«Noite Viva», em cena no Teatro Aberto, é uma peça de teatro diferente da que estamos habituados a ver, normalmente em cenários precisos e espaços demarcados, aliando a magia do teatro com o cinema, o que é extremamente bem conseguido, pois através da imagem as personagens ganham maior profundidade e complexidade. É como se assistíssemos a um espetáculo dentro de outro espetáculo e as personagens saltassem do palco e ganhassem uma vida e uma dimensão real, movendo-se para além do espaço e do tempo.

Esta peça passa-se quase sempre à noite, numa garagem suburbana dos arredores de Lisboa, local onde se desenvolve a trama e se juntam as solidões de Tomás, um homem de meia idade que vive de trabalhos ocasionais; Ana, a jovem que Tomás salva das mãos de um violento agressor; Doc, um homem com deficiências cognitivas que se inquieta com os segredos da vida e do universo, registando todas as frases e citações que vai ouvindo num caderno que o acompanha sempre; e o Tio Mauríco, um idoso recém viúvo, amargurado e desiludido com a vida, que se arrasta através dos dias sempre iguais. Nesse espaço exíguo, tocam-se realidades antagónicas de pessoas à deriva e inconformadas e conectam-se alegrias, tristezas, deceções e esperanças perdidas.


«Noite viva», de autoria do irlandês Conor Mcpherson, faz assim um retrato de pessoas desencantadas com a vida, em rota de colisão com elas mesmas, que se limitam a sobreviver num dia a dia marcado pela decadência moral, as drogas, a violência e a prostituição, a mendicidade.


A “noite” é assim definida nesta peça como um grande túnel em que cada um faz uma travessia, por vezes longa, em que as trevas e as sombras se confundem e se misturam, mas da qual se vislumbra uma luz ténue, que colocará tudo às claras e dará um outro sentido à vida. 

Encenação João Lourenço
Dramaturgia Vera San Payo de Lemos
Atores: Anna Eremin, Bruno Bernardo, Filipe Vargas, Rui Mendes e Vítor Norte

Comemorações do Ano Novo Chinês em Lisboa, 10 de fevereiro


Realiza-se este fim de semana em Lisboa as comemorações do Ano Novo Chinês. Ontem teve lugar um dos pontos altos do evento, o desfile, entre os Anjos e o Martim Moniz,  que reuniu variadíssimos participantes e convidados da comunidade chinesa em Portugal, num deslumbre de luz, cor, e movimento, com  equipas de dança do dragão, do leão, do tambor, lutadores de artes marciais e bailarinos. A destacar a sua vertente multicultural, a que não faltou um rancho folclórico do verde Minho ou o grupo de Cantares de Évora.
Esta festividade é das mais importantes para os chineses e também é conhecido como Ano Novo Lunar, uma vez que é determinado pelo calendário lunar e envolve vários rituais e uma festa que dura pelo menos 15 dias.
É nesta altura que os chineses cortam o cabelo, arrumam muito bem as suas casas e fecham as suas contas, para que fique tudo organizado nas suas vidas. A cor que se destaca é o vermelho, que simboliza a transformação, a energia e a vida, sendo usado sobretudo pelas mulheres para atrair a sorte, o amor e a prosperidade.
Outro ritual que os chineses costumam realizar é pendurar lanternas vermelhas à sua porta durante 15 dias e lançar fogo de artifício para afugentar os maus espíritos e as más energias. Não faltam vários símbolos de sorte e prosperidade, como o duplo peixe, entre outros. O que importa é limpar, decorar a casa, renovar e preparar-se para o novo ano.
Este ano esta festividade inicia-se na China a 16 de fevereiro e comemora-se o ano do cão, símbolo de inteligência, proteção, lealdade. Dizem os entendidos em astrologia chinesa que este pode ser um ano sensível, em que as pessoas devam ter mais tolerância para evitar conflitos desnecessários, exaltando-nos a sermos generosos, prudentes e pacientes. O ano lunar vai decorrer até ao dia 5 de fevereiro de 2019.








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