O povo de Marrocos conhece mil e uma maneiras de fazer música e dança. O ritmo e o estilo de dança fazem parte do seu próprio património.
A música e a dança popular profana é admitida e acompanha os momentos mais importantes do ciclo vital, os ritos das quatro estações e as manifestações de carácter guerreiro.
As festas instituídas pelo Governo, nomeadamente as festas nacionais, são celebradas por grupos folclóricos que asseguram o divertimento público e oficial.
Mas não há necessidade de festas instituídas e acontecimentos precisos que se cante e se dance.
O quotidiano oferece às mulheres maghrebianas ocasiões de reunião: tomando conta das crianças; bordando, tecendo… A sua condição de afastamento da vida pública reforça a solidariedade levando à criação de espaços e tempos privilegiados.
A dança costuma ter lugar à tarde durante um curto período. Uma entoa um cântico, outra toca num bendir ou numa darbouka e todas batem as palmas. A mais impulsiva do grupo esboça alguns movimentos. São mulheres com gosto inato para os risos e para a festa.
Geralmente, as festas do calendário muçulmano não dão lugar a manifestações musicais e muito menos a danças, mas somente a cânticos religiosos.
Vejamos algumas dessas festas:
- O Mouloud comemora o nascimento do Profeta. Certas peregrinações marabuticas –moussem- são feitas nesta ocasião. Esta festa gira também em torno de velhos ritos de fertilidade da terra, mas estas práticas não são reconhecidas pelos muçulmanos ortodoxos.
- Aid el Seguir ou Aid Alftir – fecha o período do Ramadão, do jejum, com visitas, prazeres alimentares e oferendas aos pobres.
Em certos meios populares a ruptura do jejum favorece o aparecimento da diversão, sendo os cafés e as praças públicas invadidas pela música e dança.
- Aid el Kebir ou Aid el Adha – festa do sacrifício do carneiro. É um rito que comemora o sacrifício de Abraão, dando lugar a grandes refeições em comum.
- A Achoura – não mencionada no Alcorão, esta festa comemora o massacre de Al Hussein, filho do rei, mas só os Xiitas celebram a festa em honra deste mártir. Para a maioria das pessas, a Achoura representa o dia dos mortos e as visitas aos cemitérios.
Em Marraquexe e só nesta cidade, orquestras de homens reúnem-se cantando a dekka, animando a noite de Alchoura, dando a esta festa a sua dimensão de alegria.
-A peregrinação a Meca, recomendada pelo Islão é um pretexto para festas majestosas nas cidades.
O MOUSSEM
A música e a dança popular profana é admitida e acompanha os momentos mais importantes do ciclo vital, os ritos das quatro estações e as manifestações de carácter guerreiro.
As festas instituídas pelo Governo, nomeadamente as festas nacionais, são celebradas por grupos folclóricos que asseguram o divertimento público e oficial.
Mas não há necessidade de festas instituídas e acontecimentos precisos que se cante e se dance.
O quotidiano oferece às mulheres maghrebianas ocasiões de reunião: tomando conta das crianças; bordando, tecendo… A sua condição de afastamento da vida pública reforça a solidariedade levando à criação de espaços e tempos privilegiados.
A dança costuma ter lugar à tarde durante um curto período. Uma entoa um cântico, outra toca num bendir ou numa darbouka e todas batem as palmas. A mais impulsiva do grupo esboça alguns movimentos. São mulheres com gosto inato para os risos e para a festa.
Geralmente, as festas do calendário muçulmano não dão lugar a manifestações musicais e muito menos a danças, mas somente a cânticos religiosos.
Vejamos algumas dessas festas:
- O Mouloud comemora o nascimento do Profeta. Certas peregrinações marabuticas –moussem- são feitas nesta ocasião. Esta festa gira também em torno de velhos ritos de fertilidade da terra, mas estas práticas não são reconhecidas pelos muçulmanos ortodoxos.
- Aid el Seguir ou Aid Alftir – fecha o período do Ramadão, do jejum, com visitas, prazeres alimentares e oferendas aos pobres.
Em certos meios populares a ruptura do jejum favorece o aparecimento da diversão, sendo os cafés e as praças públicas invadidas pela música e dança.
- Aid el Kebir ou Aid el Adha – festa do sacrifício do carneiro. É um rito que comemora o sacrifício de Abraão, dando lugar a grandes refeições em comum.
- A Achoura – não mencionada no Alcorão, esta festa comemora o massacre de Al Hussein, filho do rei, mas só os Xiitas celebram a festa em honra deste mártir. Para a maioria das pessas, a Achoura representa o dia dos mortos e as visitas aos cemitérios.
Em Marraquexe e só nesta cidade, orquestras de homens reúnem-se cantando a dekka, animando a noite de Alchoura, dando a esta festa a sua dimensão de alegria.
-A peregrinação a Meca, recomendada pelo Islão é um pretexto para festas majestosas nas cidades.
O MOUSSEM
O Moussem é uma festa marabutica, ou seja, uma peregrinação anual ligada ao culto dos Santos, onde cantos e danças ocupam um papel importante. O Islão Ortodoxo rejeita , porém, o culto dos Santos, desacreditando o Moussem.
Cada Moussem no Maghreb tem uma personalidade própria. O Santo patrono da peregrinação pode ser de uma cidade, de uma aldeia, o ancestral de uma tribo ou fracção de tribo ou o fundador de uma confraria.
O Moussem rural desenrola-se geralmente nos momentos de ruptura dos trabalhos agrícolas, no fim do Verão e do Outono.
O Moussem citadino coincide frequentemente com uma festa do Calendário Muçulmano, principalmente com a festa do nascimento do profeta.
Os peregrinos rurais e os participantes vindos de longe (homens, mulheres e crianças) agrupados em fracções de tribo, instalam as suas tendas junto do santuário do santo local, chamado marabuto.
As mulheres também aí se reúnem, dançando freneticamente até caírem no chão, após serem tomadas pelo transe. Ficando desmaiadas durante a possessão, o corpo sacode-se em espasmos e a respiração é pontuada por pequenos gritos. As mulheres que assistem ajudam-nas a voltar a si.
O Moussem apresenta o carácter de uma festa popular cheia de actividades e divertimentos, com feira agrícola onde se trocam cereais, artesanato, roupas e jóias.
A dança, um pouco religiosa, um pouco profana é um elemento constante em todos os Moussem.
Associa-se o Moussem à liberdade da mulher, porque estas peregrinações autorizam as mulheres a comportar-se de forma pouco habitual. Elas são livres de circular, misturam-se com grupos de homens. Mas estes homens estão sob a protecção do santo que lhes impõe pensamentos puros.
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