Deixo-vos hoje uma dica sobre uma exposição que vi há uns meses atrás, mas ainda estará aberta ao público até ao dia 11 de Abril. Trata-se da exposição «Índia- Mito, Sensualidade e Ficção», patente no Sintra Museu de Arte Moderna Colecção Berardo. A exposição apresenta três núcleos temáticos, que têm em comum a cultura indiana.
No primeiro grupo podemos encontrar uma fotobiografia de Mahatma Gandhi intitulada «A minha vida é a minha mensagem», apresentada pelo museu já citado em colaboração com La Casa Encendida e a Gandhi Server Foundation. Esta mostra é composta por 60 fotografias, sobre a vida pública e privada de Gandhi, desde os seus sete anos, até ao seu trágico assassinato em Nova Deli. Além das fotografias podemos encontrar também textos originais, citações e alguns documentários, assim como uma reprodução do seu quarto na casa Birla, em cujo jardim foi assassinado, assim como cartas para Tolstoi e Hitler.
O segundo núcleo expositivo muito interessante apresenta a modernidade indiana através de três gerações familiares: Umrao Sing Sher-Gil, amrita Sher Gil, Vivian Sundaram e Navina Sundaram.
Desta forma estabelece-se a relação entre as pinturas de Amrita Sher-Gil e as fotografias de seu pai, Umrao Singh Sher-Gil, um dos fundadores da fotografia na Índia. As obras destes artistas são retomadas nas foto-montagens de Vivian Sunduram, sobrinho de Amrita, neto de Umrao. Neste núcleo torna-se interessante descobrir o que é montagem e o que não é, assemelhando-se quase a um jogo. Eu, que fiz a visita começando pelas montagens, tendo só visto posteriormente os originais, diverti-me a verificar o que parecia inventado nas fotografias, só no fim é que tudo fez sentido, quando descobri as imagens originais. Nada que nós hoje não possamos fazer com as nossas fotografias antigas recorrendo ao Photoshop, mas o resultado foi muito engraçado.
Por fim o último núcleo expositivo é composto por peças da colecção Berardo, antiguidades indianas com referências claras ao culto hindu (pequenas estatuetas, baixos relevos em madeira) e uma série de fotografias documentais de Juan Bécquer, dos anos 50 e 60, que nos revelam uma Índia mítica e imponente.
Se for a Sintra, já sabe, não perca esta exposição!
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