terça-feira, 3 de agosto de 2010

Poesia para lembrar o deserto da Tunísia

Este é um momento de pausa, uma espécie de stand by na minha actividade bloguista e no meu gosto pelas palavras e pela descoberta, que tenho procurado partilhar aqui sempre que posso. Não tarda passará esse período, mas neste momento não há quase espaço para mais nada...Em breve, espero voltar a carregar este blog com mais colorido e mais actualidades. Para já deixo ficar um poema do Luís Maçarico que me faz lembrar de um país maravilhoso: a Tunísia.

LONGE

Tudo me diz que estou longe
Mas não é verdade!
O deserto sempre foi o lugar
Da minha infância!
Por isso, na direcção dos oásis
Saboreio o silêncio.
Procuro uma romã que supere
As palavras em doçura
E claridade. Não estou longe!
Esta poeira é envolvente!


De tão cru, o sol apaga lembranças
E germina esquecimentos.
O meu destino, são os incontáveis
Grãos que semeiam o Nada.
Este horizonte infinito de ilusões
O céu de areia de certas tardes.


Estou longe, dizem-me alguns
Sinais. Mas é tão perto, a minha
Casa: Poema futuro, luminosa
Oliveira, manhã desejada!



Luís Filipe Maçarico

2 comentários:

Ezul disse...

Que saudades desse passeio pelas dunas da Tunísia, nem o calor doía como este! E o poema do Luís tem o sabor da romã, o aroma da hortelã que crescem nos oásis.
:)

Ana disse...

Um cheiro a chá de menta carregado de hortelã, sim!!! Obrigada pelo comentário!

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