Esta imagem de Gérard Castello Lopes, inspirou-me para escrever este pequeno texto:
«Todos os dias cumpríamos o mesmo ritual. Íamos ao Largo da aldeia procurar trabalho. Naquele tempo, os campos estavam esgotados, não davam nada, e nós com tanta força para trabalhar…
Os que eram chamados para o Monte dos Castro, não tardavam em buscar os seus haveres e partiam aliviados. Os outros, os que ficavam, juntavam-se na beirada do muro, junto ao largo. Cabisbaixos, de olhar vago e perdido, matavam o tempo à força de não ter nada para fazer. Fitavam a planície, o horizonte perdido e a promessa de um futuro adiado. Enfiavam as mãos pesadas, dolentes em algibeiras cheias de nada e seguiam o seu rumo. »
«Todos os dias cumpríamos o mesmo ritual. Íamos ao Largo da aldeia procurar trabalho. Naquele tempo, os campos estavam esgotados, não davam nada, e nós com tanta força para trabalhar…
Os que eram chamados para o Monte dos Castro, não tardavam em buscar os seus haveres e partiam aliviados. Os outros, os que ficavam, juntavam-se na beirada do muro, junto ao largo. Cabisbaixos, de olhar vago e perdido, matavam o tempo à força de não ter nada para fazer. Fitavam a planície, o horizonte perdido e a promessa de um futuro adiado. Enfiavam as mãos pesadas, dolentes em algibeiras cheias de nada e seguiam o seu rumo. »
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