Comemora-se hoje dia 20 de Novembro, o dia Universal das Crianças, o qual foi instituído pela ONU em 1954. Diziam os jornais de ontem, a propósito da comemoração deste dia, «que a sociedade portuguesa apresenta um comportamento suicida generalizado», na medida em que a média das mulheres portuguesas tem apenas 1,3 filhos. Na verdade, o momento é verdadeiramente crítico no que diz respeito à renovação das gerações, pois existem cada vez menos crianças no nosso país. Segundo os especialistas em demografia, a baixa taxa de natalidade é sintoma de uma «sociedade doente, que não apoia os progenitores e as crianças» e como tal torna-se demasiado envelhecido para evoluir e progredir.
Mas, o que fazer perante este quadro negro? Ceder ao pessimismo e não procriar ou ter prole com os tostões sempre muito bem contadinhos e com um tempo que nos foge e nos tira qualidade de vida a nós e aos filhos? Parece-me uma situação cada vez mais complexa, se atendermos aos míseros apoios sociais que dão aos pais nos primeiros anos de vida de uma criança, não só em termos financeiros, como a nível das regalias sociais conferidas no mundo laboral. Este pauta-se por um nível de exigência e competição que não se coaduna com a condição de pai, levando inclusive a situações de despedimento quando a assiduidade por causa da assistência à família é motivo para ausências contínuas e prolongadas. Se associarmos a isto, os ordenados baixos, que limitam a qualidade de vida e as perspectivas das pessoas, temos motivos mais do que suficientes para explicar o porquê dos portugueses estarem a procriar tão pouco.
Talvez seja um pouco pessimista esta minha perspectiva, se entendermos que antigamente as dificuldades eram maiores e não era por isso que as mulheres não deixaram de os ter, mas hoje os tempos são outros, as fraldas já não são de pano, são de papel fino e tratado, e bem mais caras, para já não falar nos preços dos infantários, quase todos privados, que rondam os valores de uma renda de casa e na azáfama dos pais no seu ritmo de casa para o trabalho, para a creche da criança, que não deixa tempo para o repouso e o desfrute da infância. Perante isto, pouco há a dizer… mas fico feliz de cada vez que oiço uma das minhas amigas a dizer que vai ser mãe, são verdadeiramente corajosas para enfrentar todos esses desafios, pois nem sempre é fácil ceder aos impulsos dos relógios biológicos perante tamanhas adversidades e contrariedades. A maternidade e a paternidade nos tempos que correm não passa apenas por uma questão biológica e vital da sobrevivência da espécie, passa também e cada vez mais pela condição social de cada um.
Mas, o que fazer perante este quadro negro? Ceder ao pessimismo e não procriar ou ter prole com os tostões sempre muito bem contadinhos e com um tempo que nos foge e nos tira qualidade de vida a nós e aos filhos? Parece-me uma situação cada vez mais complexa, se atendermos aos míseros apoios sociais que dão aos pais nos primeiros anos de vida de uma criança, não só em termos financeiros, como a nível das regalias sociais conferidas no mundo laboral. Este pauta-se por um nível de exigência e competição que não se coaduna com a condição de pai, levando inclusive a situações de despedimento quando a assiduidade por causa da assistência à família é motivo para ausências contínuas e prolongadas. Se associarmos a isto, os ordenados baixos, que limitam a qualidade de vida e as perspectivas das pessoas, temos motivos mais do que suficientes para explicar o porquê dos portugueses estarem a procriar tão pouco.
Talvez seja um pouco pessimista esta minha perspectiva, se entendermos que antigamente as dificuldades eram maiores e não era por isso que as mulheres não deixaram de os ter, mas hoje os tempos são outros, as fraldas já não são de pano, são de papel fino e tratado, e bem mais caras, para já não falar nos preços dos infantários, quase todos privados, que rondam os valores de uma renda de casa e na azáfama dos pais no seu ritmo de casa para o trabalho, para a creche da criança, que não deixa tempo para o repouso e o desfrute da infância. Perante isto, pouco há a dizer… mas fico feliz de cada vez que oiço uma das minhas amigas a dizer que vai ser mãe, são verdadeiramente corajosas para enfrentar todos esses desafios, pois nem sempre é fácil ceder aos impulsos dos relógios biológicos perante tamanhas adversidades e contrariedades. A maternidade e a paternidade nos tempos que correm não passa apenas por uma questão biológica e vital da sobrevivência da espécie, passa também e cada vez mais pela condição social de cada um.
1 comentário:
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