Na verdade, se não tivesse preparado antecipadamente o que pretendia visitar, não ficava muito elucidada, pois o que me deram no posto de Turismo não dava grandes referências históricas sobre os locais.
Após um primeiro contacto com a cidade, após uma viagem de combóio de duas horas, desloquei-me à Pensão onde ia ficar hospedada e fiz uma caminhada junto ao rio, no Parque Verde do Mondego, onde se localiza um belo espaço verde, com áreas de restauração, do tipo das nossas docas de Lisboa, com imensas esplanadas e relvados. Como o dia estava bastante soalheiro e bonito, foi agradável passear por ali. No rio era possível também fazer passeios de barco, na embarcação com um nome algo curioso, o «Basófias». Como não havia muito tempo, e como já tinha feito esse passeio numa visita anterior a Coimbra, optei por não andar de barco.
Junto ao Parque Verde, localiza-se a Ponte pedonal de Pedro e Inês, onde aproveitei para contemplar as vistas e tirar algumas fotos, pois além de ponto de passagem, esta é também um excelente miradouro da cidade. Esta ponte é a mais recente das pontes de Coimbra, tendo sido uma obra de Cecil Balmond e Adão da Fonseca.
Junto ao Parque Verde, localiza-se a Ponte pedonal de Pedro e Inês, onde aproveitei para contemplar as vistas e tirar algumas fotos, pois além de ponto de passagem, esta é também um excelente miradouro da cidade. Esta ponte é a mais recente das pontes de Coimbra, tendo sido uma obra de Cecil Balmond e Adão da Fonseca.
Depois de decidir o trajecto a tomar à tarde, emaranhei-me nas ruas irregulares da baixa da cidade, cujo traçado medieval, nos leva a parecer que estamos sempre a perdermo-nos, embrenhando-nos numa teia labiríntica. Várias vezes me recordei das ruas de Veneza, mas afinal era em Coimbra que estava. Realmente, se não tivesse existido o terramoto de 1755, talvez Lisboa ainda fosse assim também...
Nesse percurso de ruas e ruelas, encontrei a Igreja de Santa Cruz, onde repousam os restos mortais do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques e também do rei D. Sancho I. Trata-se de uma construção manuelina iniciada no século XVI sobre uma anterior igreja românica. Aí pude visitar os túmulos reais e apreciar o traçado da igreja.
foto C.M
Mesmo ao lado da igreja, está situado um magnífico Café Santa Cruz. Este café é bastante antigo e emblemático da cidade, tendo sido criado na parte de uma antiga igreja, a de S. João das Donas.
Seguindo por as ruas apertadas, fui dar à Sé Velha de Coimbra, que é um exemplo notável do estilo românico em Portugal. É anterior ao reino de Portugal , tendo sido aí coroado D. Sancho I. Apesar de ser românica, esta igreja apresenta ainda outros estilos, como o comprova a Porta Especiosa , na fachada lateral norte, que data da segunda metade do séc. XVI.
Continuando a subir, fui dar à Universidade de Coimbra, local que elegi para passar uma boa parte da tarde, pois aqui há muito para ver. A Universidade mudou três vezes de sítio entre o séc. XIII e o séc. XVI, tendo sido transferida novamente para Coimbra em 1537, por decisão de D. João III. Assinalam-se as grandes obras ocorridas na Universidade durante os reinados de D. João V e D. José.
Neste importante espaço de erudição e de saber, podemos visitar a reitoria, a Sala dos Capelos, (onde se realizam os actos solenes, como os doutoramentos), a Sala do Exame Privado, a Sala dos Archeiros, a Capela de S. Miguel, a Prisão Académica e a magnífica Biblioteca Joanina. Para mim esta última é mesma a maior atracção da Universidade, pela sua grandiosidade, pois esta biblioteca tem cerca de 300.000 obras que abrangem um período do séc. XII ao séc.XVIII. O andar principal é formado por três salas cobertas de estantes de madeira, separadas ao meio por um varandim. Estas obras poderão ser consultadas por investigadores, na Biblioteca Central da Universidade, mediante um pedido de autorização. Achei curioso também o facto de existirem nesta biblioteca morcegos, sendo estes os predadores dos insectos que poderiam ameaçar a integridade do acervo.
Após deambular lentamente pela Universidade, dei um pulo à Sé Nova, localizada nas traseiras da Faculdade de Medicina e comecei o processo da descida pelas ruas íngremes e inclinadas de Coimbra. Optei pelo percurso que me permitisse ver onde e como vivem os estudantes em Repúblicas. O sentido de humor, a desordem e a liberdade, parecem ser os requisitos necessários aos residentes nestes espaços académicos. Se o exterior é o que é, imaginemos o interior... Aliás numas fotografias expostas na sala da Prisão Académica na Universidade, deu para perceber que a ordem e a organização são coisas que não existem nas Repúblicas. Mas, se os estudantes conseguem viver assim e estudar, pois que aproveitem a loucura desses anos insanos, já que o espírito das Repúblicas de Coimbra não durará para sempre.
No fim do passeio, visitei a Torre de Almedina e o centro de interpretação do Núcleo da cidade muralhada. A Porta de Almedina era uma das cinco portas de entrada na cidade. Coimbra dispunha de um complexo sistema defensivo, incluindo um castelo e uma cerca de muralhas, algumas ainda hoje visíveis.
Neste importante espaço de erudição e de saber, podemos visitar a reitoria, a Sala dos Capelos, (onde se realizam os actos solenes, como os doutoramentos), a Sala do Exame Privado, a Sala dos Archeiros, a Capela de S. Miguel, a Prisão Académica e a magnífica Biblioteca Joanina. Para mim esta última é mesma a maior atracção da Universidade, pela sua grandiosidade, pois esta biblioteca tem cerca de 300.000 obras que abrangem um período do séc. XII ao séc.XVIII. O andar principal é formado por três salas cobertas de estantes de madeira, separadas ao meio por um varandim. Estas obras poderão ser consultadas por investigadores, na Biblioteca Central da Universidade, mediante um pedido de autorização. Achei curioso também o facto de existirem nesta biblioteca morcegos, sendo estes os predadores dos insectos que poderiam ameaçar a integridade do acervo.
Após deambular lentamente pela Universidade, dei um pulo à Sé Nova, localizada nas traseiras da Faculdade de Medicina e comecei o processo da descida pelas ruas íngremes e inclinadas de Coimbra. Optei pelo percurso que me permitisse ver onde e como vivem os estudantes em Repúblicas. O sentido de humor, a desordem e a liberdade, parecem ser os requisitos necessários aos residentes nestes espaços académicos. Se o exterior é o que é, imaginemos o interior... Aliás numas fotografias expostas na sala da Prisão Académica na Universidade, deu para perceber que a ordem e a organização são coisas que não existem nas Repúblicas. Mas, se os estudantes conseguem viver assim e estudar, pois que aproveitem a loucura desses anos insanos, já que o espírito das Repúblicas de Coimbra não durará para sempre.
No fim do passeio, visitei a Torre de Almedina e o centro de interpretação do Núcleo da cidade muralhada. A Porta de Almedina era uma das cinco portas de entrada na cidade. Coimbra dispunha de um complexo sistema defensivo, incluindo um castelo e uma cerca de muralhas, algumas ainda hoje visíveis.
foto C.M
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