terça-feira, 7 de abril de 2009

«O associativismo Alentejano na cidade de Lisboa no séc. XX», de Rui Rosado Vieira


Um destes dias, andava eu a ver a secção das novidades literárias na Biblioteca, quando me deparei com este livro sobre a história e o percurso da Casa do Alentejo.
Trata-se de um contributo importante para a compreensão do associativismo alentejano na capital, contextualizando com rigor os movimentos migratórios que sempre atingiram as populações do Alentejo, nomeadamente para Lisboa.
Rui Rosado Vieira dá a conhecer os primeiros passos desta colectividade alentejana, os quais começaram com uma tentativa de agremiação fracassada, durante os tempos da 1ª República, (1912-1913), tendo sido constituída uma Liga Alentejana. Esta acabou por falhar, pois reunia no seu seio representantes de diversos partidos republicanos, o que veio a ser um factor de cisão.
Após esta tentativa, surgiu no Bairro Alto, em 1923, o Grémio Alentejano, o qual se veio a instalar num edifício em S.Pedro de Alcântara, tendo sido transferido em 1932 para o local para as Rua das Portas de Santo Antão, tornando-se numa das maiores casas regionais do país. Perto dos anos 40, por imposição do governo, a colectividade deixa de ser apelidada de Grémio, passando a ter esse estatuto apenas as associações industriais ou de actividades económicas, e passa a designar-se de Casa do Alentejo.
Com este trabalho são passadas em revista as várias actuações da Casa do Alentejo na promoção e defesa da Cultura alentejana e na assistência social de protecção das suas gentes, sendo esse o principal motivo para a sua existência.
Para quem se interesse, como eu, em temas ligados às migrações alentejanas e ao associativismo, esta é sem dúvida uma obra de referência, um retrato social de uma colectividade, e dos serviços que esta disponibilizava, muito bem enquadrada e documentada, baseando-se sobretudo nas actas de assembleias da Casa do Alentejo e em publicações da época, nomeadamente, o Boletim da Casa do Alentejo.

1 comentário:

Anónimo disse...

eu alentejana de gema ...tive pessoas de familia ligadas á direcção da casa...mas nunca liguei.Ia poucas vezes a lisboa... ia mais para os lados do Barreiro, lol, visitar a avó materna, mas como ia dizer, uma irmã minha há dois anos foi operada na clinica da Ordem terceira, ficamos por lá e á noite decidimos ir jantar, onde vamos e não vamos?
á casa do alentejo, pois claro!, bem isto só para lhe dizer que um alentejano não pode ir jantar á casa do alentejo, é carissimo...!voltamos para trás desolados, e pensámos que esta gente migrada, não conhece a sua terra é que por cá a coisa está má e não dá para ir jantar na casa deles... então tivemos de ir jantar mesmo á nossa casa!

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