Às 7h da manhã já estavamos no aeroporto. O vôo foi sereno e decorreu sem grandes sobressaltos. Ao chegar a Tunis, a temperatura era quente, mas suportável, rondando os 34Cº, o que para nós portugueses não era nada de extraordionário.
À nossa espera tínhamos um representante do operador turístico que nos transportou até Yasmine Hammamet, onde ficava o nosso hotel. A carrinha onde fizemos esse percurso de cerca de uma hora, era pequena, com ar condicionado «natural», já que o ar condicionado mal funcionava. Achei piada ao pouco espírito de aventura de alguns dos portugueses que seguiam na carrinha, bufando e dizendo que aquele turismo começava a ser «irreal», com ar de enfado e de um certo pedantismo, como se em Portugal fosse tudo 5 estrelas.
Nessa pequena viagem de quase uma hora, olhava para a janela e verificava que a paisagem lá fora não me parecia ser assim tão diferente da nossa e da de Espanha, recordando-me um pouco o Alentejo e a Andaluzia.
Depois de termos ido para um hotel lotado e de nos termos finalmente instalado no hotel Belisaire, da cadeia Iberostar, houve tempo para explorar um pouco o complexo e de ir até à praia, a qual me desiludiu um pouco, porque esperava água límpida, quente e transparente e o que encontrei foi um mar ligeiramente crispado, com um areal repleto de algas e de uma densa matéria vegetal. Deu contudo para descansar da viagem e carregar baterias.
O hotel com todas as mordomias, era uma autêntica «terra de abundância», um perfeito paraíso artificial, onde a Tunísia era algo etéreo e pouco perceptível, um verdadeiro ghetto de turistas de várias nacionalidades. Ali a qualidade de vida era fantástica, sobretudo por ser um hotel de quatro estrelas, com um regime de tudo incluído, com magníficas piscinas, buffets espectaculares a toda a hora. Apesar de me sentir encantada e maravilhada com tudo aquilo, e de poder disfrutar de tudo isso para descansar, por outro lado, ansiava pelo dia da partida do circuito ao sul e pela primeira saída do hotel para poder ver e conhecer a verdadeira Tunísia, o povo e a cultura. Dei graças, por esta viagem não se resumir apenas a todo este conforto luxuoso, pois não era disso que afinal eu vinha à procura!
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