Tempo de férias, é para mim tempo também para regressar à minha cidade, para caminhar e voltar a dar passeios pelos locais que durante o ano deixamos de percorrer. Nesta altura sabe bem sermos turistas na nossa própria morada, olharmos os sítios com outros olhos, descobrirmos com espanto o que mudou na paisagem, ou o que curiosamente se mantém, deixarmo-nos levar pelas recordações.
Neste sábado, primeiro dia das minhas férias, apanhei o eléctrico 28 nos Prazeres, e deixei-me levar por ele até à Feira da Ladra no Campo de Santa Clara. Revi os locais emblemáticos da cidade e deixei-me levar pela atmosfera desta urbe deslumbrante, cheia desta luz clara e mágica que nos lava a alma.
Chegada a S.Vicente aproveitei para entrar e conhecer uma bela cafetaria, com bolos óptimos e saborosos. A simpatia da senhora da cafetaria levou-nos a conhecer um miradouro escondido e termos mais uma bela perspectiva de Lisboa.
Na Feira da Ladra aproveitei para rever o meu antigo terreno antropológico, que me serviu de laboratório social na monografia de fim de licenciatura do curso de Antropologia. Deleito-me com as velharias e com as coisas que ali podemos sempre encontrar. Ainda que por vezes não compre nada, gosto muito de lá voltar.
Com a barriga já a dar horas encaminhei-me para o célebre Castelo S. Jorge para ir almoçar, onde já não ia há uns anos. Constatei algumas mudanças, umas boas, outras nem tanto...Visitei o museu e periscópio e aproveitei para dar umas voltas pelas ameias do castelo.
O Nosso Conquistador Afonso Henriques
Pelo Castelo abaixo, em direcção a S.Cristovão, onde também já não ia há uns anos, encontrei uma cena caricata de uns jovens espanhóis, muito barulhentos, fazendo aquilo que se chama "moche", isto é esborrachando-se uns aos outros no passeio...Uma cena bizarra pelo menos..
Como o dia estava quente e a sede já apertava, aproveitei para conhecer um novo espaço muito "in" no terraço do antigo mercado de Chão de Loureiro, onde se pode tomar uma bebida, ouvir uma música, descontrair e até apanhar banhos de sol nuns confortáveis sofás ou puffs. A quem não conheça, recomendo vivamente, embora os preços sejam semelhantes aos dos bares e não propriamente de um café. Mas, pelo ambiente e pela vista de Lisboa valeu a pena...
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