quarta-feira, 9 de julho de 2008

Tunísia -Dia 2

O dia foi dedicado ao descanso. Depois de alguns meses intensos, sabe bem tirar proveito da praia e da piscina.
Começamos o dia muito cedo, o sol era já forte quando acordei às 8h da manhã. Por isso, nada melhor do que cedo erguer para melhor tirar proveito do dia. Começamos por ir até à praia logo cedo, pois durante a manhã ainda tínhamos que resolver pormenores com o operador turístico para o circuito ao sul que começava no dia seguinte. A meio da manhã um banho de piscina e sempre muito protector solar para não haver surpresas desagradáveis ou alergias ao sol inesperadas.
O almoço foi excelente, tendo aproveitado para comer legumes, saladas, tomate grelhado com basílico, frango, borrego, etc. adorei ter descoberto pães com variados sabores, de azeitona, malagueta, entre outros. Como nunca comi fora dos hotéis e restaurantes seleccionados, acabei por não perceber, se este tipo de especialidade é só do hotel ou se é de facto uma tradição tunisina.
À tarde, houve tempo para pôr a leitura em dia, que por acaso quis que fosse «O Doente Inglês», de Miachael Ondaatje , por ter dado origem a um dos meus filmes preferidos, com rodagem na Tunísia precisamente. E houve tempo também para a bendita sesta… Eu sabia que o descanso iria acabar a partir dali e tinha que carregar baterias para o resto da viagem.
Ao fim do dia, fomos conhecer um pouco melhor a estância turística em que nos encontrávamos, de Yasmine Hammamet e fomos até à Medina. Esta é uma Medina artificial, construída para turista ver, no entanto com a mesma lógica dos mercados antigos, com várias lojas. Nesta Medina pudemos ver um filme sobre a história da Tunísia, visitar o Museu das Mil e uma Noites e beber um chá de menta no café do mesmo. Foi possível ainda visitar um museu dedicado às religiões, e saborear um apetitoso batido de morango, numa esplanada com música ao vivo.
Porém, o mais importante nessa tarde, foi para mim o meu baptismo na arte de regatear, como lhe chamara a minha irmã. Essa foi uma prova de fogo, num código cultural distinto do meu. Estou habituada a comprar segundo uma lógica definida, pois ali é o rumo da conversa que dita o resultado do negócio, é a mestria do diálogo e do raciocínio. É preciso estarmos muito seguros de nós para fazermos uma boa compra, sabermos até onde queremos ir e podemos ceder e isso nem sempre é fácil, como pude constatar nas primeiras vezes que fiz compras. Os comerciantes, por sua vez, não nos largam um segundo. Tentam a sua sorte desesperadamente, tentando adivinhar a nossa proveniência, sugerindo quase sempre sermos espanholas ou portuguesas. Os galanteios para com as mulheres estrangeiras foram constantes, porém sempre respeitadores e nunca demasiado vulgares. Percebi que além do negócio, o tunisino gosta mesmo é de conversar, não se importando de despender algum tempo como o outro, de trocar impressões sobre o que pensa e o que o rodeia.

A noite foi reservada a um jantar no restaurante Sherazade, com espectáculo incluído de música e dança do ventre. As mulheres de corpos ondulantes, com movimentos síncronos e encantatórios, contagiaram todos os presentes com a sua energia e sensualidade. O show terminou animado, com elas a dançar em cima das mesas.
Apesar de divertido, estava ansiosa por partir para o Sul!

2 comentários:

Anónimo disse...

Estou ficar com a sensação que o segundo dia já foi melhor. lol
João

Anónimo disse...

Fiz o comentário ao segundo dia, pensando que ainda ía ler o terceiro. Acho que vou ter que esparar mais um tempinho para saber como foi o terceiro dia.
João

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