No terceiro dia rumamos ao Sul. O dia foi longo e cansativo, tendo começado perto das 7h da manhã, altura em que o autocarro nos recolheu no hotel.
Curiosamente, não havia mais portugueses a fazer o circuito para além de mim e da minha irmã, tendo sido integradas num grupo de espanhóis, o que nos levou a ouvir e a “arranhar” mais espanhol do que francês durante esse périplo de quatro dias. Porém, ao contrário do que pensáramos no início, o facto de sermos portuguesas criou uma cisão no grupo, devido à barreira linguística, que nunca pensara poder existir entre países tão próximos, como é Portugal e Espanha. Na verdade, pode não ter nada a ver com a língua propriamente dita, mas com a atitude das pessoas, porque na verdade nós até nos esforçávamos para manter um mínimo de interacção com eles, mesmo quando não entendíamos tudo o que diziam, eles é que não mantinham a conversação connosco ou por não nos entenderem ou simplesmente porque tinham os seus grupos formados. O mesmo se aplicou ao guia, tunisino, que não fez um grande esforço para nos integrar mais no grupo.
Ainda assim, não posso dizer que o ambiente foi mau, apenas um pouco mais apático e fragmentado do que costumo encontrar nestas situações.
A primeira paragem do circuito foi em Kairuan, a cidade sagrada do Islão na Tunísia. Aí pudemos ver os Bassins dos Aglabitas – depósitos de água construídos no ano de 852, na entrada da cidade.
Em seguida fomos à Mesquita do Barbeiro, com o nome de Abu Zam’a al Balawi. Consta que este amigo do profeta chegou com os primeiros árabes à região, tendo vindo a morrer no campo de batalha, em 654.
Curiosamente, não havia mais portugueses a fazer o circuito para além de mim e da minha irmã, tendo sido integradas num grupo de espanhóis, o que nos levou a ouvir e a “arranhar” mais espanhol do que francês durante esse périplo de quatro dias. Porém, ao contrário do que pensáramos no início, o facto de sermos portuguesas criou uma cisão no grupo, devido à barreira linguística, que nunca pensara poder existir entre países tão próximos, como é Portugal e Espanha. Na verdade, pode não ter nada a ver com a língua propriamente dita, mas com a atitude das pessoas, porque na verdade nós até nos esforçávamos para manter um mínimo de interacção com eles, mesmo quando não entendíamos tudo o que diziam, eles é que não mantinham a conversação connosco ou por não nos entenderem ou simplesmente porque tinham os seus grupos formados. O mesmo se aplicou ao guia, tunisino, que não fez um grande esforço para nos integrar mais no grupo.
Ainda assim, não posso dizer que o ambiente foi mau, apenas um pouco mais apático e fragmentado do que costumo encontrar nestas situações.
A primeira paragem do circuito foi em Kairuan, a cidade sagrada do Islão na Tunísia. Aí pudemos ver os Bassins dos Aglabitas – depósitos de água construídos no ano de 852, na entrada da cidade.
Em seguida fomos à Mesquita do Barbeiro, com o nome de Abu Zam’a al Balawi. Consta que este amigo do profeta chegou com os primeiros árabes à região, tendo vindo a morrer no campo de batalha, em 654.
Os seus restos mortais encontram-se no Mausoléu da Mesquita. Para entrar neste espaço sagrado, as mulheres e os homens com vestes mais frescas e descobertas, têm de cobrir-se em sinal de respeito, existindo vestes próprias para os mais desprevenidos que queiram visitar o local.
O principal ponto de interesse de Kairuan é porém a Grande Mesquita. Esta é o mais antigo lugar sagrado do Islão no continente africano, e apesar de só ser possível aceder ao pátio central e espreitar para o interior da sala de oração, vale a pena ir até lá. Esta grande mesquita, cujo exterior faz lembrar uma fortaleza militar, foi construída pelo fundador da cidade em 671, embora a sua forma actual seja do ano de 836.
Em termos arquitectónicos, tal como a Mesquita do Barbeiro, possui azulejos notáveis e colunas com uma enorme simetria no ordenamento.
Apesar de já apertar o calor, ainda tivemos oportunidade de ir até ao souk (mercado) de Kairuan. De novo, as ruas apertadas, os vendedores perguntando-nos a nossa nacionalidade, os objectos expostos em tendas de forma desordenada. Tudo ali se vende, desde especiarias, a miniaturas de camelos, cachimbos de água, bijutaria, antiguidades, entre as mais variadas coisas. Em cada esquina, o quotidiano das gentes de Kairuan espreitava, nas barbearias, nos cafés e esplanadas repletos de homens. Ali não há pressas, vive-se com um tempo lento e saboreado dos pequenos nadas, contrastando com a nossa sociedade onde somos vítimas da falta de tempo e das pressões do stress.
Depois de almoço, a viagem que prometia ser longa, tornou-se fatigante, convidando à sesta e à leitura, sentindo-se uma lassidão do corpo quase anestesiante. Cada vez que saíamos do autocarro, o choque térmico que sentíamos era enorme, dado que a temperatura rondaria os 39Cº, sentindo-se um bafo abrasador na rua.
A paragem seguinte foi em Gafsa, mas durante uns poucos minutos. Confesso, que não apreciei o local, possivelmente porque ficamos num local sem grandes motivos de interesse. Por instantes, pensei estar num local recôndito da Índia ou do Iraque… Um outro local da Tunísia, onde parece que o tempo parou! Os automóveis eram antigos, as casas em muito más condições, as ruas sujas e as lojas com objectos muito antigos, como radiotelefonias. Mas acredito, que este seja um olhar redutor sobre um aspecto parcial da realidade de Gafsa, pelo que não pretendo tecer grandes considerações. Porém, é importante que se diga, conhecer a Tunísia, para tem mesmo interesse em conhecer o país e sair dos hotéis é também encontrar este tipo de desigualdades sociais. As próprias casas na maior parte dos locais visitados, estão por concluir, uma vez que o imposto delas é muito caro. Muitas vezes, são os filhos que as concluem. Não é pois de espantar, que a paisagem urbana seja marcada por cenários de betão armado, com casas muito pouco atraentes.
A última paragem do primeiro dia de circuito foi em Tozeur, onde aliás passamos a noite. Aí pudemos visitar o museu Dar Cherait. Este museu ilustra o modo de vida da Tunísia, as suas tradições, os seus trajes, reconstituindo alguns dos rituais preparatórios do casamento e cenas nupciais. É um museu interessante, contudo o facto de não possuir ar condicionado torna a sua visita um pouco mais rápida, ainda que a mesma ocorra às 6 e tal da tarde. Em Tozeur o calor era extremamente seco e denso pegando-se à pele, com uma outra veste, com uma lentidão que nos invade a alma e o corpo.
Uma das desvantagens dos circuitos organizados é termos de obedecer a programas e por isso acabamos por não ter tempo para explorar Tozeur para além do museu e do hotel. Apesar de tudo, o dia terminou da melhor maneira, com um delicioso banho na piscina do hotel e umas valentes braçadas para descongestionar as pernas.
No dia seguinte esperava-nos novas e empolgantes aventuras e havia que madrugar! O despertar estava marcado para as 5h30 da manhã!
1 comentário:
Olá, estou a seguir atentamente, para ver se percebo se afinal gostaram ou não gostaram. Até aqui continuo em dúvida hahaha
até ja
João
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