Depois de uma curta passagem por Portalegre na Segunda-Feira, eis-me novamente de malas feitas para o Alentejo! Vou participar no evento das «Palavras Andarilhas», na Biblioteca de Beja, sobre o qual espero aqui pode partilhar convosco. Para já o tempo é de andarilhar!!!
Vou-me embora, vou partir
Vou para essa
Terra árida,
Seca e solitária,
Onde o sol queima, mata e sufoca
O corpo e a alma.
Quero sentir as raízes daquela gente sofrida que chora cantando,
que traz na alma a nostalgia e a saudade
e nas gargantas rouxinóis que se soltam e voam para o campo.
Quero embrenhar-me nas searas douradas de trigo,
Nos girassóis erguidos ao sol,
Quero deitar-me à sombra dos sobreiros e oliveiras,
Morar nos montes,
Beber a água das fontes,
Quero sentir a terra nos pés…
Entorpecer o corpo nas tardes longas
Quando o vento suão,
Verdadeiro sopro do deserto,
Me embala e acalenta as esperanças vencidas.
Agosto 2005
1 comentário:
Olá Ana,
Que bonito :-)
beijos
Sandra
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