«Sigo agora para Roma, a capital do império romano. Não quero ter expectativas para não me desiludir, mas estou com muita curiosidade. Que mistérios terá esta cidade para revelar? Que sons, que cheiros encontrarei nela? Daqui a umas horas chegamos…»
Roma, cidade eterna
«Roma é uma cidade para
se viver intensamente. Tudo nela é forte, imperial, sente-se o eco de uma
antiga civilização debaixo dos nossos pés, nas pedras que pisamos, nos
vestígios arqueológicos que vislumbramos por toda a cidade. Tudo é motivo de
surpresa, de admiração, de êxtase…
O Coliseu é magnânimo pela
sua imponência, outrora local de morte e de euforia de multidões, de
gladiadores e de animais selvagens, é um dos vestígios mais importantes da
civilização romana, a manter-se ainda de pé. Tudo é história nesta cidade e
talvez por isso tenha tanta coisa para contar… Sinto-me arrasada pelo calor,
pelo que há para ver e calcorrear, como uma vertigem que nos parece transportar
para outro tempo e lugar.
Coliseu
Além do Coliseu, visitei o Palatino (antiga
residência de imperadores e aristocratas) e o Fórum Romano (antigo centro cerimonial
da cidade do império romano), incluídos no mesmo bilhete, e aí o que há para
ver não dá para ver em poucas horas…
Fórum Romano
O suplício do calor abrasador acima dos
35Cº, começaram a fazer-me esmorecer, mas tinha de se fazer uma seleção e ver
apenas o que dava e não tudo, como pensei. Querer ver Roma num dia e meio é
mesmo uma odisseia, mas ainda assim posso dar esta missão por cumprida, pelo
menos por agora, porque o meu desejo é de regressar um dia mais tarde, com mais
calma.
Por esse motivo, fui
até à sumptuosa Fontana de Trevi, uma das fontes mais imponentes da cidade, concluída
em 1762, que ocupa praticamente toda a fachada de um edifício, e deitei para lá
uma moeda, pedindo um desejo. Diz a tradição que quem o faz, acaba sempre por
regressar a Roma… A água cristalina, o calor intenso, fez com que me apetecesse
mergulhar nela e caminhar ensopada pela cidade. O que me valeu foram as várias
fontes que encontrámos pelas ruas de Roma, todas com água fresca e gelada que
ajudaram a aliviar o cansaço.
Panthéon
Outros foram os pontos
de interesse, a Piazza de Minerva, o Panthéon, a Piazza de Spagna, onde são realizados
os desfiles de moda nas escadarias, a Boca da Veritá, localizada no pórtico da
igreja Santa Maria in Cosmedin, que segundo diz a lenda mordia a mão dos
mentirosos, embora servisse para o escoamento das águas.
Boca dela veritá
Uma das memórias que
levarei comigo será também a visita breve que realizei ao Vaticano. Optei por
não visitar os museus, nem a Capela Sistina, por um lado, devido ao pouco tempo
que dispúnhamos, mas também para evitar as filas enormes que ali se estendem.
Fui visitar apenas a Basílica de S. Pedro, que me encheu o espírito. Certamente
Jesus Cristo se fosse vivo não concordaria nada com tamanha opulência, nem
riqueza, mas temos de reconhecer que a basílica é uma ode aos artistas
renascentistas, é belíssima, ostentando peças únicas, como a Pietá de Miguel Ângelo.
A sua cúpula é também uma maravilha, com cerca de 136, 5 m, esta acabou de ser
construída depois da morte de Miguel Ângelo que a projetou.
Vaticano - Praça de S. Pedro
Houve tempo ainda para
um jantar numa das ruelas de Roma, perto da Piazza Navona, onde encontramos
três grandes fontes. A noite era quente, o ambiente era convidativo à festa, à
celebração da vida e do momento presente. Roma é também isso, convívio,
romance, magia no ar… As fachadas dos prédios em tons ocre e salmão, com
janelas decoradas com flores e heras, as esplanadas nas ruas, são autêntico
cenário de filmes que nos recordam o Fellini e outras películas rodadas nesta
cidade eterna. “Dolce Vita”, “Dolce fare niente”, assim é Roma, majestosa,
imperial, sublime, encantadora!».
Piazza Navona
Sem comentários:
Enviar um comentário