A passagem por Florença foi
breve, mas ainda assim é sempre um regalo para os olhos visitar esta cidade. A
Piazza della Signoria é um bom ponto de partida para a explorar, encontrando-se
aí o Palazzo Vecchio, e as deslumbrantes estátuas (algumas cópias), que
representam alguns acontecimentos históricos da cidade. Aí encontramos a
Fontana di Nettuno, onde vemos o deus
romano do mar, rodeado de ninfas,
a estátua de David, uma cópia
perfeita da obra de Miguel Ângelo.
Estátua de David
Logo pela manhã, a praça já estava repleta de turistas admirando a beleza das estátuas, tomando lugar nas filas para a Galeria dos Ufizzi, um dos maiores e melhores museus do mundo com arte renascentista. Este museu é de visita obrigatória, pois encontram-se aí obras notáveis, como o Nascimento de Vénus ou a Primavera, de autoria de Botticelli, entre outras. Desta vez, optei por não o visitar, pois já o tinha feito na vez anterior que visitei Florença e agora tinha o tempo mais contado. Aproveitei para ir à ponte Vecchio, verdadeiro ex-líbris da cidade, onde se localizam as joalharias mais conceituadas.
Ponte Vecchio
O calor continuava intenso e nas
margens do rio Arno havia quem apanhasse sol ou se banhasse mesmo numa represa
do rio…
Junto ao Duomo e ao Baptistério
proliferavam magotes de grupos organizados de turistas que se amontoavam. Fazer
viagens organizadas, sobretudo nesta época do ano, tem estes inconvenientes,
está sempre tudo lotado de gente a querer ver e fazer as mesmas coisas, somos
todos consumidores de lugares, ávidos de levar connosco um pouco do que vimos…é
quase uma paranóia.
Duomo
Depois de visitarmos Florença
encaminhámo-nos para San Gimignano, uma localidade situada em plena Toscânia.
Tendo sido um antigo local de paragem das peregrinações da Europa do norte até
Roma, durante muitos séculos, esta pitoresca cidade apresenta ainda uma
estrutura arcaica, e conservação do traçado medieval. As trezes torres que
dominam o horizonte de San Gimignano, foram construídas por famílias nobres
rivais durante o séc. XII e XIII. Tudo neste local faz lembrar o eco de outros
tempos longínquos, como se recuássemos muitos anos atrás.
San Gimignano
Aí caminhámos até à Piazza de la
Cisterna, percorremos as suas ruas, entrámos em algumas lojas com produtos
locais da região para vender, e admirámos a paisagem envolvente da Toscânia, a
partir de um miradouro, marcada pelo verde das vinhas e dos ciprestes, que
neste contexto não têm nada de soturno, contrastando com os campos doirados,
dos fardos de feno. Uma paisagem pintada numa tela, que tem algo em comum com o
nosso Alentejo, um pouco de romântica e solitária. Se tivesse oportunidade
gostaria de passar um fim de semana num desses alojamentos rurais, desfrutando
das iguarias, do vinho bom desta região e dos passeios pelo campo…
O ponto de visita seguinte foi Pisa. Para mim foi um verdadeiro pesadelo, talvez começasse a acusar já um certo cansaço de turismo massificado. Turistas despejados num parque de estacionamento, um longo caminho a percorrer até à praça, atrapalhado pelos atropelos dos vários grupos. O pouco tempo que tivemos nesta terra também não ajudou, não dando tempo praticamente de nos aproximarmos da torre inclinada. Houve tempo apenas para tirar algumas fotografias à torre, de longe e voltarmos ao autocarro. Esta torre tem a peculiaridade de ter sido construída com inclinação, devido ao solo arenoso onde se encontra construída e atualmente a sua inclinação já atinge os 5 m. A verdade é que desde o século XIV se tem aguentado e ainda não caiu.
Pisa
Depois de Pisa foi o desespero da
longa viagem até Juan Les Pins, uma estância balnear localizada na Côte d’Azur,
perto de Nice. O declínio da viagem aproximava-se, a impaciência instalava-se
pelas longas jornadas dentro do autocarro. Depois de Barcelona só havia um
objetivo: regressar a casa.
Sem comentários:
Enviar um comentário