Dia 30 de Julho
«Finalmente chegámos a Itália. Depois de dois dias e meio
de viagem. Eis-nos nesta terra encantada, com sotaque cantado e gestos
ondulantes, onde os edifícios são majestosos, a gastronomia uma iguaria dos
deuses e os vinhos, doces pecados que nos conduzem ao sétimo céu.
Itália é para mim uma experiência para os sentidos, os
olhos extasiam-se com tanta beleza e classicismo, os ouvidos deliram com a
música lírica, o palato delicia-se…
Entrados em S. Remo, deparámos com uma importante estância
balnear, com edifícios antigos, datados de finais do séc. XIX, quando a
aristocracia descobriu as maravilhas da Riviera Italiana. Nesta cidade
encontramos verdadeiros palácios, de marca quase colonial, fazendo-nos lembrar
os prédios de Havana, apresentando em alguns casos, sinais de evidente decadência
nas fachadas.
As praias que visitámos foram também uma desilusão, cheias
de pedras e lixo. Ainda assim, cada um arranha um espacinho para se molhar e
usufruir do sol.
A segunda paragem foi Génova, cidade portuária, com o maior
porto comercial do país, caraterizada pelo tráfego de mercadorias, pelo
comércio, por pessoas que chegam e partem em luxuosos cruzeiros, que ali fazem
paragem. Génova é um ponto de contacto com o mundo, onde tudo se cruza. É uma
cidade histórica, de enorme dimensão, difícil é captá-la na sua essência,
sobretudo quando se tem duas horas para visitar o centro.
Aí, percorremos a Piazza de Ferrari, com a sua fonte de bronze, onde se localiza o neoclássico edifício do Banco de Roma, a academia e o Teatro Carlo Felice. O lugar mais importante que visitámos foi o Duomo de San Lorenzo, datado dos princípios do séc. XIII. A sua fachada é gótica, apresentando faixas negras e brancas, e o seu interior revela vários estilos e influências artísticas.
O tempo foi curto, não deu para explorar Génova como
gostaria, mas foi interessante perder-me um pouco nas suas ruas, sentir o
pulsar da vida das pessoas, as quais na sua maioria passeava-se com lindos cães
de raça, observar as varandas das casas, as janelas com portadas verdes e
imaginar quem viveria lá…
O jantar foi rápido mas deu para provar uma pizza
«Marinara», muito simples, com tomate e alho e degustar um maravilhoso vinho
«Sangiovenese», da Toscânia.
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