Um destes dias caiu-me nas mãos uma daquelas revistas consideradas «light», cujos conteúdos não sou muito apreciadora, nem consumidora, mas despertou-me a atenção um dos artigos da Isabel Leal.
Neste artigo, esta psicóloga contextualizava o modo como o amor é encarado na sociedade moderna, referindo a forma contraditória como o vivemos, sendo difícil o seu estatuto nos padrões de vida actuais, caindo-se no risco do exagero e da pieguice ou na total indiferença, por parecer demasiado ridículo. Esta leitura, fez-me questionar o modo como vivemos presentemente este sentimento, sobretudo numa relação a dois, pois como sabemos este tem múltiplas formas de expressão.
Na verdade, o amor hoje em dia é, como foi traduzido o tal filme com o Bill Murray, «um lugar estranho», onde toda a gente ambiciona chegar, mas onde poucos permanecem, pelo menos muito tempo seguido e com a mesma pessoa.
É de facto bizarra esta luta contra o tempo, este desespero criado pela sociedade ocidental, onde se cria a ilusão de que o amor é o patamar supremo da felicidade. Em nome desse amor ideal, imaginado, que nem sempre se traduz numa vivência real, somam-se os divórcios e os casamentos fracassados, alicerçados pela rotina e pela solidão, pelo tédio, pelo hábito e conformismo, sem empolgamento, sem adrenalina, sem desejo… Falta de tolerância, de comunhão de interesses e partilha de ideais? Acomodamento a uma situação que se quer estável e sem sobressaltos? São questões muito particulares que só quem vive a dois poderá responder. Só sei que esta nossa utopia de felicidade, que se traduz numa insatisfação constante, onde ninguém está contente com o que tem, leva-nos à procura incessante da tal cápsula inebriante, estimulante dos sentidos. Afinal, todos temos o direito de trilhar o nosso caminho, ainda que este esteja repleto de cardos e de incertezas. O que importa é sentirmos que estamos dispostos a arriscar e partir rumo a esse destino incógnito.
Como consequência desse delírio, o amor virou um produto de consumo imediato, fruto desta vida acelerada que vivemos. Longe vão os tempos em que este durava para sempre…agora, amor que não seja convenientemente alimentado seca, murcha e definha.
Já que o mundo não parece abrandar o seu ritmo, temos pois de nos adaptar a esta nova forma de amar, rápida, intensa, fugaz, sem grandes compromissos. Que o amor seja eterno… enquanto dure! Nisto não há culpas, nem culpados…aceitemos os factos!
Neste artigo, esta psicóloga contextualizava o modo como o amor é encarado na sociedade moderna, referindo a forma contraditória como o vivemos, sendo difícil o seu estatuto nos padrões de vida actuais, caindo-se no risco do exagero e da pieguice ou na total indiferença, por parecer demasiado ridículo. Esta leitura, fez-me questionar o modo como vivemos presentemente este sentimento, sobretudo numa relação a dois, pois como sabemos este tem múltiplas formas de expressão.
Na verdade, o amor hoje em dia é, como foi traduzido o tal filme com o Bill Murray, «um lugar estranho», onde toda a gente ambiciona chegar, mas onde poucos permanecem, pelo menos muito tempo seguido e com a mesma pessoa.
É de facto bizarra esta luta contra o tempo, este desespero criado pela sociedade ocidental, onde se cria a ilusão de que o amor é o patamar supremo da felicidade. Em nome desse amor ideal, imaginado, que nem sempre se traduz numa vivência real, somam-se os divórcios e os casamentos fracassados, alicerçados pela rotina e pela solidão, pelo tédio, pelo hábito e conformismo, sem empolgamento, sem adrenalina, sem desejo… Falta de tolerância, de comunhão de interesses e partilha de ideais? Acomodamento a uma situação que se quer estável e sem sobressaltos? São questões muito particulares que só quem vive a dois poderá responder. Só sei que esta nossa utopia de felicidade, que se traduz numa insatisfação constante, onde ninguém está contente com o que tem, leva-nos à procura incessante da tal cápsula inebriante, estimulante dos sentidos. Afinal, todos temos o direito de trilhar o nosso caminho, ainda que este esteja repleto de cardos e de incertezas. O que importa é sentirmos que estamos dispostos a arriscar e partir rumo a esse destino incógnito.
Como consequência desse delírio, o amor virou um produto de consumo imediato, fruto desta vida acelerada que vivemos. Longe vão os tempos em que este durava para sempre…agora, amor que não seja convenientemente alimentado seca, murcha e definha.
Já que o mundo não parece abrandar o seu ritmo, temos pois de nos adaptar a esta nova forma de amar, rápida, intensa, fugaz, sem grandes compromissos. Que o amor seja eterno… enquanto dure! Nisto não há culpas, nem culpados…aceitemos os factos!
1 comentário:
BOM DIA,
Concordo plenamente contigo. Vivemos num mundo onde reina o egoismo e o individualismo. O verdadeiro significado da palavra AMOR, vai-se perdendo ao longo do tempo :-(((((
bj
Sandra
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