Dia 5
11 de Agosto de 2007
Porque a vida tem de continuar, este foi um dia em que me deixei envolver pela cidade e tentei tirar partido dela o mais possível.
Começámos o dia por uma visita ao Palácio Schönbrunn, também conhecido por Palácio da Sissi. Consiste numa sumptuosa residência imperial, construído com a intenção de rivalizar com Versalhes (apesar de existirem algumas semelhanças entre estes, não considero que este seja mais majestoso do que o palácio francês). Schönbrunn, fortemente simétrico e extremamente longo, dá para um parque com largas avenidas muito florido, existindo inúmeros tanques e fontes ornamentais. O interior é em estilo rococó, e possui bastantes salas de grande requinte e magnificência, entre quartos, salas de jantar, aposentos reservados dos imperadores, salas de recepção entre outros numerosos recantos. O que me encantou de sobremaneira foi o salão de baile. Recordei-me das matinés de domingo em que passava na televisão os filmes da Sissi e do momento em que via a Romy Schneider, que interpretava o papel da imperatriz, dançar com o imperador num faustoso salão, com candelabros cintilantes. O que me desagradou mais foi mesmo as salas repletas de gente, com visitas guiadas a decorrer em simultâneo, enquanto ouvíamos os auscultadores com tradução, tornando-se confuso e saturante, com os sucessivos atropelos dos turistas que se iam amontoando atrás dos seus guias.
Após a visita parcial ao seu interior, fizemos a mais rápida e económica, o «Imperial Tour», mais uma vez por questões de economizar tempo, ainda fomos visitar apressadamente os jardins. Chovia e estava desagradável, mas queríamos aproveitar aquela ocasião para tirar algumas fotografias. O jardim era belíssimo.
De volta ao centro de Viena, almoçámos no Nordsee, uma companhia de restaurantes económicos (fast-food) com pratos essencialmente à base de peixe e saladas.
Percorremos as artérias da cidade mais movimentadas, apinhadas de turistas. O movimento era intenso. Visitámos a Catedral de Santo Estêvão, (a qual tem sido desde a Idade Média o centro das atenções dos cidadãos de Viena), a Igreja de S. Pedro, onde se crê ter existido no mesmo local, antes da sua construção, o primeiro santuário de Viena e a Igreja dos Capuchinhos.
Como o tempo era escasso optámos por não visitar museus, até porque era muita a oferta e não seria fácil escolher, além de que eram grandiosos fazendo-nos perder a oportunidade de explorar melhor a cidade.
Percorremos algumas ruas sempre a pé e observámos alguns pontos cruciais, como a Ópera (junto da qual existiam homens vestidos de Mozart vendendo bilhetes para o espectáculo a 150€), passámos pelo Palácio Imperial Hofburg, de arquitectura de estilo sobretudo barroca, onde admirámos os pormenores das fachadas, e dos jardins e das fontes nas suas imediações. Avistámos o Museu Albertina, o Museu de História de Arte e o Museu de História Natural, assim como o parque situado entre os dois com um monumento a Maria Teresa. Fomos até ao exterior do Parlamento, um pouco semelhante com o nosso mas muito mais bonito, com a estátua de Pallas Athenas em frente ao mesmo.
11 de Agosto de 2007
Porque a vida tem de continuar, este foi um dia em que me deixei envolver pela cidade e tentei tirar partido dela o mais possível.
Começámos o dia por uma visita ao Palácio Schönbrunn, também conhecido por Palácio da Sissi. Consiste numa sumptuosa residência imperial, construído com a intenção de rivalizar com Versalhes (apesar de existirem algumas semelhanças entre estes, não considero que este seja mais majestoso do que o palácio francês). Schönbrunn, fortemente simétrico e extremamente longo, dá para um parque com largas avenidas muito florido, existindo inúmeros tanques e fontes ornamentais. O interior é em estilo rococó, e possui bastantes salas de grande requinte e magnificência, entre quartos, salas de jantar, aposentos reservados dos imperadores, salas de recepção entre outros numerosos recantos. O que me encantou de sobremaneira foi o salão de baile. Recordei-me das matinés de domingo em que passava na televisão os filmes da Sissi e do momento em que via a Romy Schneider, que interpretava o papel da imperatriz, dançar com o imperador num faustoso salão, com candelabros cintilantes. O que me desagradou mais foi mesmo as salas repletas de gente, com visitas guiadas a decorrer em simultâneo, enquanto ouvíamos os auscultadores com tradução, tornando-se confuso e saturante, com os sucessivos atropelos dos turistas que se iam amontoando atrás dos seus guias.
Após a visita parcial ao seu interior, fizemos a mais rápida e económica, o «Imperial Tour», mais uma vez por questões de economizar tempo, ainda fomos visitar apressadamente os jardins. Chovia e estava desagradável, mas queríamos aproveitar aquela ocasião para tirar algumas fotografias. O jardim era belíssimo.
De volta ao centro de Viena, almoçámos no Nordsee, uma companhia de restaurantes económicos (fast-food) com pratos essencialmente à base de peixe e saladas.
Percorremos as artérias da cidade mais movimentadas, apinhadas de turistas. O movimento era intenso. Visitámos a Catedral de Santo Estêvão, (a qual tem sido desde a Idade Média o centro das atenções dos cidadãos de Viena), a Igreja de S. Pedro, onde se crê ter existido no mesmo local, antes da sua construção, o primeiro santuário de Viena e a Igreja dos Capuchinhos.
Como o tempo era escasso optámos por não visitar museus, até porque era muita a oferta e não seria fácil escolher, além de que eram grandiosos fazendo-nos perder a oportunidade de explorar melhor a cidade.
Percorremos algumas ruas sempre a pé e observámos alguns pontos cruciais, como a Ópera (junto da qual existiam homens vestidos de Mozart vendendo bilhetes para o espectáculo a 150€), passámos pelo Palácio Imperial Hofburg, de arquitectura de estilo sobretudo barroca, onde admirámos os pormenores das fachadas, e dos jardins e das fontes nas suas imediações. Avistámos o Museu Albertina, o Museu de História de Arte e o Museu de História Natural, assim como o parque situado entre os dois com um monumento a Maria Teresa. Fomos até ao exterior do Parlamento, um pouco semelhante com o nosso mas muito mais bonito, com a estátua de Pallas Athenas em frente ao mesmo.
Passeamos pela Ringstrasse, pela Rathaus novamente e fomos à procura do rio Danúbio. Não queria deixa Viena sem ver o rio que tanto ouvira falar. Depois de muito andar encontramos uma ponte onde pudemos observá-lo. Ainda pensámos fazer um passeio de charrete mas ficava um pouco caro e achámos que era melhor continuar a circular a pé, ainda que estes já estivessem cansados e as ancas acusassem dor.
Uma das experiências mais marcantes e hilariantes da minha curta estadia em Viena foi sem sombra de dúvida aquela que passei nas casas de banho públicas, que aconselho desde já a visitarem, no meu caso não parei de rir o tempo todo.
Na Suíça, na Alemanha e na Áustria as casas de banho públicas são geralmente pagas, sobretudo as das estações de serviço. Em Viena, existem umas senhoras que têm como profissão a gestão das casas de banho, verificando a limpeza das mesmas depois de utilizadas e o seu acesso, organizando a entrada de cada senhora. Mas, o que me fez rir às gargalhadas, não foi essa disciplina, foi o facto de elas praticamente nos meterem no pequeno cubículo e depois ainda nos fecharem à chave, com uma chave enorme. Numa das vezes, que frequentei estes equipamentos sanitários, tal não foi o meu espanto quando uma mulher já de idade, com uma peruca meio torta e vestes semelhantes aos de uma doméstica, depois de me fechar a mim e a outras pessoas, passado nem um minuto, começa a bater às portas e a dizer em tom austero «Schenel, Schenel!» (não sei se é assim que se esctreve) para que nos despachássemos. Eu só pensei que ela nos fosse abrir a porta, enquanto estávamos naqueles preparos. Eu ria-me, mas pensei mesmo que era isso que ia suceder e ainda me ri mais, quando quis abrir a porta e percebi que ela me tinha mesmo trancado… A mulher, que lembrava uma personagem da série «Alô-Alô», não querendo parecer preconceituosa, parecia uma pequena nazi.
À noite, o jantar decorreu no Bairro de Grinzinger. Foi um jantar organizado, tipicamente para turista ver. Mas, como tínhamos pensado que era a nossa última noite em Viena, decidimos arriscar.
A ementa foi porco fumado, salsichas grelhadas, batatas no forno e couve avinagrada, com pão e sobremesa de Strudel de maçã. As empregadas serviam às mesas com trajes típicos e era grande a animação esteve a cargo de um acordeonista e um violinista. Ao princípio as músicas eram austríacas, tipo valsas e outras mais típicas, mas à medida em que a exibição se ia aproximando do fim, qual não foi o nosso espanto quando começámos a ouvir músicas como o «Vinho Verde», do Paulo Alexandre, o «Malhão, Malhão», e os «Passarinhos a bailar». Digamos que deu para rir, cantar, conviver, bater palmas. Foi divertido, mas não justificou os 33€ que pagámos. A comida era à conta, não se repetiu, além de que não era nada de especial e sem as bebidas incluídas. Mas, já sabemos o turista em época de férias acaba por ser sempre um pouco explorado. Nas paredes da entrada do restaurante viam-se fotografias de gente famosa que tinham ali estado, tais como a Sofia de Loren, o Bud Spencer, o Bill Clinton e o Papa João Paulo II (ainda me pergunto o que terá lá ido fazer o Papa…)
De regresso ao hotel o ânimo estava ao rubro. As gargalhadas «do gang da cave», (pessoal que ia no piso inferior do autocarro) ecoavam ruidosamente, provocadas pela boa disposição do nosso colega João, sempre com uma anedota na ponta da língua. Soube-me bem rir…
Uma das experiências mais marcantes e hilariantes da minha curta estadia em Viena foi sem sombra de dúvida aquela que passei nas casas de banho públicas, que aconselho desde já a visitarem, no meu caso não parei de rir o tempo todo.
Na Suíça, na Alemanha e na Áustria as casas de banho públicas são geralmente pagas, sobretudo as das estações de serviço. Em Viena, existem umas senhoras que têm como profissão a gestão das casas de banho, verificando a limpeza das mesmas depois de utilizadas e o seu acesso, organizando a entrada de cada senhora. Mas, o que me fez rir às gargalhadas, não foi essa disciplina, foi o facto de elas praticamente nos meterem no pequeno cubículo e depois ainda nos fecharem à chave, com uma chave enorme. Numa das vezes, que frequentei estes equipamentos sanitários, tal não foi o meu espanto quando uma mulher já de idade, com uma peruca meio torta e vestes semelhantes aos de uma doméstica, depois de me fechar a mim e a outras pessoas, passado nem um minuto, começa a bater às portas e a dizer em tom austero «Schenel, Schenel!» (não sei se é assim que se esctreve) para que nos despachássemos. Eu só pensei que ela nos fosse abrir a porta, enquanto estávamos naqueles preparos. Eu ria-me, mas pensei mesmo que era isso que ia suceder e ainda me ri mais, quando quis abrir a porta e percebi que ela me tinha mesmo trancado… A mulher, que lembrava uma personagem da série «Alô-Alô», não querendo parecer preconceituosa, parecia uma pequena nazi.
À noite, o jantar decorreu no Bairro de Grinzinger. Foi um jantar organizado, tipicamente para turista ver. Mas, como tínhamos pensado que era a nossa última noite em Viena, decidimos arriscar.
A ementa foi porco fumado, salsichas grelhadas, batatas no forno e couve avinagrada, com pão e sobremesa de Strudel de maçã. As empregadas serviam às mesas com trajes típicos e era grande a animação esteve a cargo de um acordeonista e um violinista. Ao princípio as músicas eram austríacas, tipo valsas e outras mais típicas, mas à medida em que a exibição se ia aproximando do fim, qual não foi o nosso espanto quando começámos a ouvir músicas como o «Vinho Verde», do Paulo Alexandre, o «Malhão, Malhão», e os «Passarinhos a bailar». Digamos que deu para rir, cantar, conviver, bater palmas. Foi divertido, mas não justificou os 33€ que pagámos. A comida era à conta, não se repetiu, além de que não era nada de especial e sem as bebidas incluídas. Mas, já sabemos o turista em época de férias acaba por ser sempre um pouco explorado. Nas paredes da entrada do restaurante viam-se fotografias de gente famosa que tinham ali estado, tais como a Sofia de Loren, o Bud Spencer, o Bill Clinton e o Papa João Paulo II (ainda me pergunto o que terá lá ido fazer o Papa…)
De regresso ao hotel o ânimo estava ao rubro. As gargalhadas «do gang da cave», (pessoal que ia no piso inferior do autocarro) ecoavam ruidosamente, provocadas pela boa disposição do nosso colega João, sempre com uma anedota na ponta da língua. Soube-me bem rir…
* Fotos de CM
2 comentários:
Através destas tuas férias, das tuas descrições e fotos, recordo algumas paisagens e momentos do meu inter-rail, já muito distante.
Como é bom recordar!
Do que ainda não conheço... fica o bichinho.
bjs,
gm
viena ai Viena..havia tanto pra dizer..mas agora na posso....ainda faltam mts dias pra comentar...:)
bjs Tucha ;)
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