Dia 4
10 de Agosto de 2007
Amanheceu chovendo. O frio continuou a fazer-se sentir. Ainda bem que trouxemos roupa quentinha, pois sabe bem andar confortável. Tomamos o pequeno-almoço cedo e rumamos novamente para Munique, que distava do hotel apenas alguns quilómetros. Deram-nos cerca de duas horas livres para explorar o centro (verdadeira carta de alforria, pois todo o percurso é calculado ao pormenor, deixando-nos muito limitados, mas eram essas as condições possíveis.
Munique é capital do estado da Baviera, sendo a terceira maior cidade da Alemanha e é atravessada pelo rio Isar. Em Munique percorremos as artérias principais do centro em torno da Marienplatz (Câmara Municipal). As ruas são bonitas e arranjadas, todas ornamentadas com flores. Nos passeios viam-se vendedores de fruta e às vezes, vitrines móveis, junto às lojas, que chamavam a atenção dos transeuntes. Aproveitamos para visitar a Igreja de St. Michael, passear pelas ruas, tirar algumas fotografias. Cada recanto é um encanto. Houve tempo também para entrar em algumas lojas e comprar souvenirs, saborear chocolates e bolos típicos, cobertos de queijo e bacon.
10 de Agosto de 2007
Amanheceu chovendo. O frio continuou a fazer-se sentir. Ainda bem que trouxemos roupa quentinha, pois sabe bem andar confortável. Tomamos o pequeno-almoço cedo e rumamos novamente para Munique, que distava do hotel apenas alguns quilómetros. Deram-nos cerca de duas horas livres para explorar o centro (verdadeira carta de alforria, pois todo o percurso é calculado ao pormenor, deixando-nos muito limitados, mas eram essas as condições possíveis.
Munique é capital do estado da Baviera, sendo a terceira maior cidade da Alemanha e é atravessada pelo rio Isar. Em Munique percorremos as artérias principais do centro em torno da Marienplatz (Câmara Municipal). As ruas são bonitas e arranjadas, todas ornamentadas com flores. Nos passeios viam-se vendedores de fruta e às vezes, vitrines móveis, junto às lojas, que chamavam a atenção dos transeuntes. Aproveitamos para visitar a Igreja de St. Michael, passear pelas ruas, tirar algumas fotografias. Cada recanto é um encanto. Houve tempo também para entrar em algumas lojas e comprar souvenirs, saborear chocolates e bolos típicos, cobertos de queijo e bacon.
Em seguida, dirigimo-nos para Salzburgo. A paisagem era novamente bucólica, coberta de verdes pastos, com vacas castanhas e cor creme. Ao longe viam-se pequenas casinhas, que sobressaíam na imensidão do verde.
Passámos a parte da tarde em Salzburgo. Esta cidade é notável! De uma beleza sofisticada, inspirada na figura do compositor Wolfgang Amadeus Mozart, por ter sido aqui que este nasceu. A cidade possui uma bela arquitectura barroca e situa-se nas margens do rio Salzach, entre as montanhas Kapuzinerberg e Mönchberg.
O tempo que possuímos para visitar a cidade não deu para ver nada em pormenor, mas permitiu-nos uma panorâmica geral da mesma e o seu ambiente. Conseguimos espreitar a belíssima catedral e percorremos as ruas e as praças amontoadas de pessoas que seguiam os seus guias turísticos. Nas ruas de maior comércio a circulação é extremamente condicionada pelos turistas, pelo que se aconselha a que andem próximos uns dos outros, pelo menos até conhecer os caminhos, pois é muito fácil perderem-se. As fachadas das casas eram alegres, ornamentadas por flores. Os estabelecimentos comerciais não possuíam anúncios em néon, mas em ferro forjado e trabalhado, cheios de pormenores. Entrámos na Casa de Mozart, onde este nasceu, mas infelizmente as visitas eram apenas de meia em meia hora e nós tínhamos um horário limitado para voltar ao autocarro. Nas lojas, tudo servia para vender em nome do famoso compositor, desde chocolates, ímans, canecas, sacos de pano, CD’s, chapéus-de-chuva, um merchandising que não acabava.
Passámos a parte da tarde em Salzburgo. Esta cidade é notável! De uma beleza sofisticada, inspirada na figura do compositor Wolfgang Amadeus Mozart, por ter sido aqui que este nasceu. A cidade possui uma bela arquitectura barroca e situa-se nas margens do rio Salzach, entre as montanhas Kapuzinerberg e Mönchberg.
O tempo que possuímos para visitar a cidade não deu para ver nada em pormenor, mas permitiu-nos uma panorâmica geral da mesma e o seu ambiente. Conseguimos espreitar a belíssima catedral e percorremos as ruas e as praças amontoadas de pessoas que seguiam os seus guias turísticos. Nas ruas de maior comércio a circulação é extremamente condicionada pelos turistas, pelo que se aconselha a que andem próximos uns dos outros, pelo menos até conhecer os caminhos, pois é muito fácil perderem-se. As fachadas das casas eram alegres, ornamentadas por flores. Os estabelecimentos comerciais não possuíam anúncios em néon, mas em ferro forjado e trabalhado, cheios de pormenores. Entrámos na Casa de Mozart, onde este nasceu, mas infelizmente as visitas eram apenas de meia em meia hora e nós tínhamos um horário limitado para voltar ao autocarro. Nas lojas, tudo servia para vender em nome do famoso compositor, desde chocolates, ímans, canecas, sacos de pano, CD’s, chapéus-de-chuva, um merchandising que não acabava.
De Salzburgo seguimos para Viena de Aústria. No caminho observámos cordilheiras, lagos e paisagens pitorescas, que transmitiam paz e tranquilidade. Alegrava-nos a expectativa de chegar a essa capital majestosa.
Aí chegados, o deslumbre foi total. Os monumentos eram sumptuosos, a arquitectura requintada. Eram «ahs!» de espanto em cada visão. Sentia-me completamente esmagada pela imponência desta capital.
Jantámos no Jardim em frente da Rathaus (Câmara Municipal). Havia bancas com gastronomia de vários locais do mundo e eram várias as opções possíveis para uma refeição. Acabei por comer risotto e um prato de massa. Decorria também neste local ao ar livre um festival de filmes musicais, sobretudo de música clássica e ópera. Nesse dia exibia-se a filmagem de um concerto interpretado por Anna Netrebko, Rolando Villazón e Plácido Domingo, acompanhados pela Orquestra da Ópera Alemã de Berlim, conferindo ao espaço uma acústica e um ambiente lírico, quase comoventes. Não vou esquecer que a nossa chegada a este jardim coincidiu com a interpretação da ária do «Bambino Caro» de Pucini, que tanto aprecio na voz da Callas. Foi algo mágico, como se Viena nos brindasse com boas vindas e nos dissesse: «Este é o meu espírito!».
A noite estava algo fria, mas ainda assim estava convidativa para quem quisesse aproveitá-la. As esplanadas estavam cheias e o recinto onde se assistia ao espectáculo gravado também. Contrariamente do que sucede em Portugal, onde a música clássica é encarada com enfado pela maior parte das pessoas, ali as pessoas vibravam com ela e apreciavam-na verdadeiramente, como se ela fizesse parte da sua forma de estar na vida.
No meio daquele ambiente, sentia-me perfeitamente emocionada por estar ali a desfrutar daqueles momentos únicos. Por outro lado, estava ansiosa com notícias de casa. Quando o telefonema de Portugal chegou e confirmou as minhas suspeitas, não consegui aguentar mais e cedi às emoções que jorravam em mim como um rio revolto. Sentada nas escadas do Teatro Nacional Alemão, o Burgtheater, expressei toda a minha angústia compulsivamente. A minha gata fora abatida no fim desse dia, depois de muito sofrer nos últimos dias. Tinha 10 anos e 11 meses e depois de todo esse tempo de companheirismo e cumplicidade eu não estava com ela... Toda aquela dor acompanhada pela música vibrante que ecoava na praça e pela voz de Plácido Domingo fez-me estremecer. Estava numa das mais belas cidades do mundo, porém sentia-me triste…
Aí chegados, o deslumbre foi total. Os monumentos eram sumptuosos, a arquitectura requintada. Eram «ahs!» de espanto em cada visão. Sentia-me completamente esmagada pela imponência desta capital.
Jantámos no Jardim em frente da Rathaus (Câmara Municipal). Havia bancas com gastronomia de vários locais do mundo e eram várias as opções possíveis para uma refeição. Acabei por comer risotto e um prato de massa. Decorria também neste local ao ar livre um festival de filmes musicais, sobretudo de música clássica e ópera. Nesse dia exibia-se a filmagem de um concerto interpretado por Anna Netrebko, Rolando Villazón e Plácido Domingo, acompanhados pela Orquestra da Ópera Alemã de Berlim, conferindo ao espaço uma acústica e um ambiente lírico, quase comoventes. Não vou esquecer que a nossa chegada a este jardim coincidiu com a interpretação da ária do «Bambino Caro» de Pucini, que tanto aprecio na voz da Callas. Foi algo mágico, como se Viena nos brindasse com boas vindas e nos dissesse: «Este é o meu espírito!».
A noite estava algo fria, mas ainda assim estava convidativa para quem quisesse aproveitá-la. As esplanadas estavam cheias e o recinto onde se assistia ao espectáculo gravado também. Contrariamente do que sucede em Portugal, onde a música clássica é encarada com enfado pela maior parte das pessoas, ali as pessoas vibravam com ela e apreciavam-na verdadeiramente, como se ela fizesse parte da sua forma de estar na vida.
No meio daquele ambiente, sentia-me perfeitamente emocionada por estar ali a desfrutar daqueles momentos únicos. Por outro lado, estava ansiosa com notícias de casa. Quando o telefonema de Portugal chegou e confirmou as minhas suspeitas, não consegui aguentar mais e cedi às emoções que jorravam em mim como um rio revolto. Sentada nas escadas do Teatro Nacional Alemão, o Burgtheater, expressei toda a minha angústia compulsivamente. A minha gata fora abatida no fim desse dia, depois de muito sofrer nos últimos dias. Tinha 10 anos e 11 meses e depois de todo esse tempo de companheirismo e cumplicidade eu não estava com ela... Toda aquela dor acompanhada pela música vibrante que ecoava na praça e pela voz de Plácido Domingo fez-me estremecer. Estava numa das mais belas cidades do mundo, porém sentia-me triste…
5 comentários:
Amiga,
Não fiques triste... talvez fosse embora assim... tenho a certeza, onde quer que esteja a Lucy ela gostaria de te ver feliz...
Força...
beijos
Sandra
Amiga,
Não fiques tristes... :-(((( Força e coragem.
Estou a adorar a tua viagem, só foi pena o tempo...
Fico à espera do resto.
Boa semana. Beijos Sandra
A vida é feita assim, de momentos bons e maus e nem sempre justa. Faz-nos sentir pequenos e impotentes.
Ficam as recordações e por certo tens muitas boas recordações da Lucy, muitos momentos de brincadeiras, de carinho e todas as razões para te lembrares dela com um sorriso.
bjs,
gm
Querida Ana: Sê bem vinda!
Li-te como quem bebe um cálice de magia, revivi e recordei sítios inesquecíveis, essa bela Munique, a fabulosa Viena, a belíssima Salzburgo e tantos momentos, tantas visões que deslumbram.
Sempre presente, a tristeza que igualmente acompanhei nas tuas palavras,por um ser iluminado, que entrou no coração da memória.
O Verão de 2007 marca um ciclo da tua vida. Que os ciclos futuros sejam muitos e sobretudo mais coloridos e nada tristonhos.
Beijinhos
Luís
Viver as emoções, ultrapassar os obstáculos q a vida nos coloca pela frente faz de nós seres mais belos e completos!!!
Continua a ser como és e a vida te recompensará!!!
Isto td pra dizer q a Lucy ficara sempre como membro da família!!!!
E claro na podia deixar de referir: Viena está no primeiro lugar do top 10
bjs Tucha ;)
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