Foi num dos trabalhos que efectuei recentemente na Faculdade, na disciplina de Teoria e Sociologia da Informação, sobre a Blogosesfera e o Espaço Público, que me comecei a interessar pela temática dos blogues. Ouvia falar alguma coisa sobre estes, lia algumas coisas, até conhecia um ou outro de algum amigo meu, mas nunca lhes tinha dado muita importância.
Com este trabalho escolar apercebi-me da real dimensão que estes podem ter enquanto poder de comunicação, de opinião e de elo de união entre as pessoas, que participam num blogue.
É de facto, um universo à parte. Aqui temos o nosso cantinho, escrevemos o que queremos, sobre o que queremos e da forma como entendemos. Não há regras, nem limites, aqui a democracia, por enquanto ainda vai sendo real.
Mas isto de blogar, que tão moderno nos parece, não é algo de novo, apenas os meios são diferentes, mais tecnológicos, mais virtuais. Antigamente, o blogar fazia-se nos salões aristocráticos, nas praças, nos mercados, nas sociedades e clubes, promovendo-se através da discussão pública o desenvolvimento de ideais como a democracia e a liberdade. Hoje, esse blogar permanece, mas as redes de contacto multiplicaram-se e tornaram-se mais dinâmicas através da Internet. Por outro lado, se os blogs alargaram o espaço público, também o fragmentaram, existindo blogues sobre os mais variados temas: política, humor, literatura, cinema, jornalismo, educação, ciência, entre outros. Essa fragmentação expressa-se através da valorização da opinião individual, acabando por isso, em muitos casos por ser um culto narcisista do indivíduo, o que acaba por acontecer em quase todos, na medida em que reflectem o modo de pensar do bloguer que os concebeu.
Vejamos agora, algumas características dos blogues:
São espaços de diálogo e de debate
São espaços onde um público se reúne para formular uma opinião pública e dizer o que pensa sobre determinados temas.
Ligam milhares de cidadãos anónimos.
Pressupõem um acesso gratuito
São espaços neutros, não coercivos, onde as relações de poder são minimizadas
São interactivos: a maioria dos blogs permite comentários sobre os seus conteúdos.
Fomentam a criação de redes: permitem a ligação a outros blogs através de links e hiperligações.
No fundo, como houve alguém que disse, os blogues são espaços de liberdade individual onde podemos dizer tudo o que nos vem à cabeça, funcionam um pouco como uma mensagem numa garrafa em alto mar, nunca sabemos bem onde ele nos irá levar e a quem. Este espaço em que afirmamos o nosso pensamento é assim cada vez mais um espaço desterritorializado, simbólico, desprovido de realidade física, onde a interacção não ocorre face a face, em tempo real, mas quase dependendo do ritmo das actualizações do bloguer.
Outra curiosidade dos blogues tem a ver com a sua fragmentação narrativa, criando expectativas de continuidade nos leitores/ receptores, e um grande poder de atracção e adição, o que tem influência na fidelidade na audiência e na construção da comunidade virtual que se cria em torno de um blogue.
Por todos estes motivos, considero cada vez mais interessantes os blogues, enquanto espaços de partilha de opinião, de situações e acontecimentos, de imaginação, de fantasia e emoção, que nos aproximam, nos informam, nos emocionam… Vamos pois meter maõs à obra e blogar!
«Ser bloguer, hoje, é também dispor de espaço sem limites, a custo zero, mediante a livre gestão do tempo, do pleno gozo e do prazer na abordagem dos interesses momentâneos ou de fundo, escrevendo e abordando o que bem se entende sem ficar limitado a nenhuma área. Com criatividade, com experimentação ou simplesmente com humor ou raiva. Isso não tem preço é uma concretização de uma oportunidade sonhada longamente por gerações mas apenas hoje alcançada» José Pacheco Pereira
Com este trabalho escolar apercebi-me da real dimensão que estes podem ter enquanto poder de comunicação, de opinião e de elo de união entre as pessoas, que participam num blogue.
É de facto, um universo à parte. Aqui temos o nosso cantinho, escrevemos o que queremos, sobre o que queremos e da forma como entendemos. Não há regras, nem limites, aqui a democracia, por enquanto ainda vai sendo real.
Mas isto de blogar, que tão moderno nos parece, não é algo de novo, apenas os meios são diferentes, mais tecnológicos, mais virtuais. Antigamente, o blogar fazia-se nos salões aristocráticos, nas praças, nos mercados, nas sociedades e clubes, promovendo-se através da discussão pública o desenvolvimento de ideais como a democracia e a liberdade. Hoje, esse blogar permanece, mas as redes de contacto multiplicaram-se e tornaram-se mais dinâmicas através da Internet. Por outro lado, se os blogs alargaram o espaço público, também o fragmentaram, existindo blogues sobre os mais variados temas: política, humor, literatura, cinema, jornalismo, educação, ciência, entre outros. Essa fragmentação expressa-se através da valorização da opinião individual, acabando por isso, em muitos casos por ser um culto narcisista do indivíduo, o que acaba por acontecer em quase todos, na medida em que reflectem o modo de pensar do bloguer que os concebeu.
Vejamos agora, algumas características dos blogues:
São espaços de diálogo e de debate
São espaços onde um público se reúne para formular uma opinião pública e dizer o que pensa sobre determinados temas.
Ligam milhares de cidadãos anónimos.
Pressupõem um acesso gratuito
São espaços neutros, não coercivos, onde as relações de poder são minimizadas
São interactivos: a maioria dos blogs permite comentários sobre os seus conteúdos.
Fomentam a criação de redes: permitem a ligação a outros blogs através de links e hiperligações.
No fundo, como houve alguém que disse, os blogues são espaços de liberdade individual onde podemos dizer tudo o que nos vem à cabeça, funcionam um pouco como uma mensagem numa garrafa em alto mar, nunca sabemos bem onde ele nos irá levar e a quem. Este espaço em que afirmamos o nosso pensamento é assim cada vez mais um espaço desterritorializado, simbólico, desprovido de realidade física, onde a interacção não ocorre face a face, em tempo real, mas quase dependendo do ritmo das actualizações do bloguer.
Outra curiosidade dos blogues tem a ver com a sua fragmentação narrativa, criando expectativas de continuidade nos leitores/ receptores, e um grande poder de atracção e adição, o que tem influência na fidelidade na audiência e na construção da comunidade virtual que se cria em torno de um blogue.
Por todos estes motivos, considero cada vez mais interessantes os blogues, enquanto espaços de partilha de opinião, de situações e acontecimentos, de imaginação, de fantasia e emoção, que nos aproximam, nos informam, nos emocionam… Vamos pois meter maõs à obra e blogar!
«Ser bloguer, hoje, é também dispor de espaço sem limites, a custo zero, mediante a livre gestão do tempo, do pleno gozo e do prazer na abordagem dos interesses momentâneos ou de fundo, escrevendo e abordando o que bem se entende sem ficar limitado a nenhuma área. Com criatividade, com experimentação ou simplesmente com humor ou raiva. Isso não tem preço é uma concretização de uma oportunidade sonhada longamente por gerações mas apenas hoje alcançada» José Pacheco Pereira
1 comentário:
Olá Ana,
Contigo estou sempre a aprender.
Obrigada e continua com o excelente trabalho.
beijinhos
Sandra
Enviar um comentário