No passado domingo fui ao Museu de Arte Moderna de Sintra, onde outrora funcionou um Casino. Este é um museu belíssimo, como uma arquitectura requintada, lembrando tempos abastados, onde se jogavam ali vidas e altas cartas. Actualmente, possui patente a exposição «Art Deco», da colecção do agora super mediático e polémico Joe Berardo.
A exposição para quem gosta deste estilo está fantástica, fazendo-nos recuar até aos loucos anos 20 e 30, altura em que as pessoas se libertaram de uma série de constrangimentos impostos pela I Guerra Mundial, em que se aprimoraram e se tornaram mais sofisticadas e glamorosas.
A arte, a arquitectura, a moda foram fortemente influenciadas por este estilo decorativo, tendo repercussões na cultura e sociedade de então. Os edifícios tornaram-se mais bonitos e aprimorados e as casas mais bonitas, mais bem decoradas, com peças únicas: candeeiros, móveis, peças de cerâmica, arte de mesa e pratas. Na moda, as mulheres cortaram os cabelos à “la garçonne”, encurtaram as medidas dos vestidos, colocaram colares, agitados durante a dança do fox-trot e do charleston, distribuindo charme pelos salões de baile.
Quem for apreciador deste período do século XX não deverá mesmo perder esta exposição, comissariada por um grande especialista dos anos 20/30, Emmanuel Bréon, director do Musée des Années 30.
Segundo este especialista, «o estilo art déco faz parte de um património que é comum a todas as nações, do mesmo modo que a Exposition Internationale des Arts Décoratifs e Industrielles de Paris, em 1925, foi uma fonte de inspiração para inúmeros países estrangeiros que por sua vez o adoptaram».
Maria Gurwik-Górska, ou 'Tamara de Lempicka', nasceu em Varsóvia, na Polônia, em 1898. Instalou-se em Paris em 1918, onde viveu até emigrar para os E.U.A, em 1939, devido à segunda Guerra Mundial. Bela, emancipada, moderna e escandalosa, personagem das noitadas nova-iorquinas e dos salões parisienses de Arte. O seu círculo de amizades incluía nomes como D'Annunzio, Greta Garbo, Picasso, Jean Cocteau e André Gide, entre outras celebridades da época.
Eram esplendores que camuflavam o abuso de cocaína, a depressão, as dificuldades nas relações familiares e, por fim, a solidão.
Em 1925, realiza a sua primeira exposição individual, em Milão, e exibe seus trabalhos na primeira mostra art déco de Paris. De 1926 à metade dos anos 30, transforma-se numa verdadeira diva. Mais tarde, ainda tenta novos caminhos, através do Abstracionismo e da pintura a espátula, técnica esta que adopta nos anos 60. Mas a crítica e o público não a seguiriam. Após a morte do marido, em 1962, parou de pintar e mudou-se, primeiro para Houston, no Texas, e em 1978 para Cuernavaca, no México, aonde viria a falecer, em 1980. Entre os admiradores e colecionadores de sua obra figuram personalidades como o ator Jack Nicholson e a cantora Madonna, que a homenageia nos videoclips de Express Yourself e Vogue.
Dormeuse, 1934
A exposição para quem gosta deste estilo está fantástica, fazendo-nos recuar até aos loucos anos 20 e 30, altura em que as pessoas se libertaram de uma série de constrangimentos impostos pela I Guerra Mundial, em que se aprimoraram e se tornaram mais sofisticadas e glamorosas.
A arte, a arquitectura, a moda foram fortemente influenciadas por este estilo decorativo, tendo repercussões na cultura e sociedade de então. Os edifícios tornaram-se mais bonitos e aprimorados e as casas mais bonitas, mais bem decoradas, com peças únicas: candeeiros, móveis, peças de cerâmica, arte de mesa e pratas. Na moda, as mulheres cortaram os cabelos à “la garçonne”, encurtaram as medidas dos vestidos, colocaram colares, agitados durante a dança do fox-trot e do charleston, distribuindo charme pelos salões de baile.
Quem for apreciador deste período do século XX não deverá mesmo perder esta exposição, comissariada por um grande especialista dos anos 20/30, Emmanuel Bréon, director do Musée des Années 30.
Segundo este especialista, «o estilo art déco faz parte de um património que é comum a todas as nações, do mesmo modo que a Exposition Internationale des Arts Décoratifs e Industrielles de Paris, em 1925, foi uma fonte de inspiração para inúmeros países estrangeiros que por sua vez o adoptaram».
Nesta exposição podemos encontrar peças de mobiliário únicas, assim como peças de Lalique, jarras, candeeiros, peças de vidro lindíssimas, ferros, esculturas e jóias, entre outros objectos espectaculares, como são os vestidos de época e adereços, emprestados pelo Museu Nacional do Traje. No átrio do museu encontra-se também um fabuloso Bugatti (automóvel), de 1929, que faz parte da colecção do museu do Caramulo. Além destes, pode admirar-se a obra «Auto-Portrait» (Tamara in the Green Bugatti) de 1925, e um filme sobre a vida da pintora Tamara de Lempicka, entre outras pinturas importantes de variados autores.
Quem foi Tamara de Lempicka?
Maria Gurwik-Górska, ou 'Tamara de Lempicka', nasceu em Varsóvia, na Polônia, em 1898. Instalou-se em Paris em 1918, onde viveu até emigrar para os E.U.A, em 1939, devido à segunda Guerra Mundial. Bela, emancipada, moderna e escandalosa, personagem das noitadas nova-iorquinas e dos salões parisienses de Arte. O seu círculo de amizades incluía nomes como D'Annunzio, Greta Garbo, Picasso, Jean Cocteau e André Gide, entre outras celebridades da época.
Eram esplendores que camuflavam o abuso de cocaína, a depressão, as dificuldades nas relações familiares e, por fim, a solidão.
Em 1925, realiza a sua primeira exposição individual, em Milão, e exibe seus trabalhos na primeira mostra art déco de Paris. De 1926 à metade dos anos 30, transforma-se numa verdadeira diva. Mais tarde, ainda tenta novos caminhos, através do Abstracionismo e da pintura a espátula, técnica esta que adopta nos anos 60. Mas a crítica e o público não a seguiriam. Após a morte do marido, em 1962, parou de pintar e mudou-se, primeiro para Houston, no Texas, e em 1978 para Cuernavaca, no México, aonde viria a falecer, em 1980. Entre os admiradores e colecionadores de sua obra figuram personalidades como o ator Jack Nicholson e a cantora Madonna, que a homenageia nos videoclips de Express Yourself e Vogue.
Dormeuse, 1934
Exposição de Tamara no Musée des années 30
http://chrysalide44.free.fr/dotclear/index.php?2006/06/05/417-tamara-de-lempicka-au-musee-des-annees-30
Por todos estes motivos, vale a pena visitar esta exposição até 16 de Setembro de 2007, ou se for caso disso revisitá-la.
Por todos estes motivos, vale a pena visitar esta exposição até 16 de Setembro de 2007, ou se for caso disso revisitá-la.
Horário do museu: Todos os dias (excepto à segunda-feira) das 10h às 18h.
Aos domingos até às 14h, a entrada é gratuita.
Preço para adultos: 3€ Preço para Seniores e jovens: 1,50€
Museu de Arte Moderna
Av. Heliodoro Salgado, 2710-575 Sintra
Telef. 219248170
1 comentário:
BOM DIA AMIGA :-)
MAIS UMA FANTÁSTICA SUGESTÃO.
OBRIGADA !!!!
BEIJOS
SANDRA AFONSO
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