Em véspera de um encontro no Pragal sobre a migração dos alentejanos em Almada, do qual farei um breve apontamento nos próximos dias, registo aqui um poema que escrevi em 2001, após ter concluído a minha tese de mestrado de Antropologia sobre o Grupo Coral Etnográfico «Amigos do Alentejo» do Clube Recreativo do Feijó. É a minha singela homenagem a essas vozes potentes, a esses homens que tanto me ensinaram nos meses que estive com eles. Um muito obrigada!
08-04-2001
Alentejano,
Homem de face trigueira,
Mãos calejadas,
De olhar forte e penetrante,
Que envergas dentro de ti
A força de um sol escaldante,
Ensina-me a cantar!
A caminhar serenamente,
Sentindo o som da terra,
Das searas e dos trigais,
nesse teu ritmo dolente,
que não quero esquecer jamais.
Quero cantar como tu,
Semear novas esperanças,
Novas crenças, muitos ais,
Embalar minha alma
Nessa constante melodia,
Fechar os olhos ,
E ouvir-te eternamente ,
dentro de mim.
Mãos calejadas,
De olhar forte e penetrante,
Que envergas dentro de ti
A força de um sol escaldante,
Ensina-me a cantar!
A caminhar serenamente,
Sentindo o som da terra,
Das searas e dos trigais,
nesse teu ritmo dolente,
que não quero esquecer jamais.
Quero cantar como tu,
Semear novas esperanças,
Novas crenças, muitos ais,
Embalar minha alma
Nessa constante melodia,
Fechar os olhos ,
E ouvir-te eternamente ,
dentro de mim.
08-04-2001
1 comentário:
Gostei imenso da tua intervenção e volto a dizer o que publicamente afirmei, no Pragal: Devias publicar a tua tese, que é bem interessante.
Beijo
Luís
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